A primeira vez que li esta passagem, eu realmente fiquei desgostosa quanto ao rei Davi. Eu não conseguia entender porque Deus havia exterminado Uzá, se, justamente, Uzá havia tentado resguardar a arca de cair!!

Porém, um dia desses, estava orando com meu filho e fui profundamente constrangida por Deus, quando percebi o quanto eu estava sendo parecida com Uzá, negligente no meu temor e reverência a Deus (1Cr 13.12)[1]. O devocional, a oração e o louvor estavam sendo feitos do “meu” jeito, e não conforme as instruções de Deus.

Não podemos levar a arca (arca da aliança, arca do testemunho) de qualquer jeito, ou do “nosso” jeito (1Cr 13.7), pois o próprio Senhor nos instruiu como devemos carregá-la (Êx 25.12-15). A arca deve ser carregada sem ser tocada, por isso os varais, que destacam a santidade de Deus.

Precisamos aprender a obedecer e buscar a Deus, separando o melhor tempo para Ele. Particularmente, meu melhor horário são aquelas primeiras horas matinais, quando minha mente acabou de despertar e ainda não foi massacrada pelas muitas exigências do dia. Meu corpo está descansado, o meu espírito sedento para reabastecer-se na fonte de água viva, além disso, a casa ainda repousa em silêncio. Porém, conheço algumas pessoas que conseguem se concentrar mais no período da noite, quando estão se preparando para dormir. O horário não é o que mais importa. O essencial é separar o nosso melhor tempo para se relacionar com Deus.

Enquanto somos santificados, lavados e purificados pela Palavra (Ef 5.26), Deus se agrada de nossos louvores (Sl 51.17). Somente santificados, podemos entrar na presença de Deus sem sermos fulminados (Hb 12.28-29).

Para sermos estes que “carregam a arca” (tabernáculos) de acordo com a vontade de Deus, havemos de ser santos (1Pd 1.15-16).

Como citou C. H. Spurgeon: “o cumprimento de um dever de modo errado altera sua natureza e o torna em pecado”.

Por Renata Gandolfo
Via Voltemos ao Evangelho

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