Febre entre as séries, Round 6 acumula números estratosféricos. Mas isso não deveria assustar ninguém: o princípio da disputa em que a sobrevida é o prêmio já permeou outros enredos, como Jogos Mortais e Jogos Vorazes. A série coreana é mais uma que ilustra bem como a natureza humana é depravada e, em si própria, não há bondade, ainda que com impressões de boas ações. Sendo assim, não há outro caminho que não a redenção em um ser que não foi gerado desta natureza.

Durante os episódios, é possível observar que o que era espanto com o mal potencializado passa a ser “regra do jogo” e, no fim das contas, o que vale é estar vivo. Supervisionados por uma “central democrática”, que dispõe uma cláusula de desistência da maioria, os competidores se veem diante de um “caminho de justiça”, logo depois de centenas de vidas dizimadas.

Se o conjunto da obra choca quem lhe assiste, talvez falte reflexão acerca da vida. Caminhos bem parecidos se desenham justos ao longo dos dias e levam à sede de vencer a qualquer custo e de eliminar o outro como puder. Sem identidade revelada, os números são riscados uns pelos outros de forma sórdida, cruel e, acredite, hipnotizante. Isso porque você e eu temos a mesma natureza contaminada pelo pecado a ponto de, todos os dias, nos lembrarmos da redenção existente em Cristo Jesus. Além dele, não há um justo sequer. Round 6 apenas traduz isso.

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