O pequeno livro de Jonas, profeta, nos traz bons traços de quem somos ainda que despertados em fé. Chamados a pregar a Boa Nova do Cristo, tentamos selecionar quem deve e quem não deve receber graça, perdão, oportunidade de arrependimento e um toque sobrenatural de Deus. Ou não é assim quando pensamos em determinado político, que superfatura e desvia verbas destinadas à educação e à saúde? Ou não é assim quando adotam um modelo diferente de pensamento e de ações a partir do padrão que se tem como correto?

Jonas, ao se deparar com a voz autoritativa de Deus, diz parafraseadamente: “Não, porque o Senhor vai salvar essa cidade, que não merece.” Ora, o profeta entendia que só o povo hebreu pudesse ter a chance do arrependimento. Nos parâmetros de Jonas, talvez você e eu nem conhecêssemos o Evangelho. E, também por isso, ele cumpre a tarefa em um terço do tempo. Ainda assim, o Senhor permite que haja arrependimento.

Numa sociedade extremamente baseada em méritos, Jonas nada mais é do que eu e você, que estabelecemos critérios determinantes à salvação, que nós mesmos recebemos de graça. A mesma graça que faz com que sirvamos por amor, e não por obrigação; a mesma graça que habita em ambientes tão vazios dela porque só assim é capaz de resgatar o desgraçado. Como éramos: Jonas, eu e você, se verdadeiramente fomos despertados para quem chama e escolhe os seus.

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