Quem você pensa que é? Qual sua identidade? Como as pessoas lhe enxergam? Antes de continuarmos a saga de estudos no Livro Jonas, é pertinente discutirmos sobre quem somos ou deveríamos ser ou sobre a forma como as pessoas nos identificam em paralelo ao que Deus pensa ao nosso respeito.

Falo isso, porque recentemente vivi uma experiência bastante interessante: ao conhecer uma pessoa na parada do ônibus, na espera para ir á Igreja, fui surpreendido após ser indagado sobre minha fé. Isso aconteceu porque respondi que era cristão protestante, pois para ela o termo protestante se constitui um peso, por caracterizar um grupo que protesta contra práticas contrárias ao Cristianismo genuíno, baseando-se tão somente nas Escrituras Sagradas, diferentemente  da religião à que ela está ligada.

Obviamente não queria causar nenhum tipo de constrangimento com minha resposta. Todavia, não podemos negar que atualmente existe uma confusão entre os que se denominam cristãos quanto ao modo como são identificados. Sacou? Vamos desenvolver bem essa ideia adiante, pois, particularmente, não quero ser identificado como parte de uma religião ou seguidor de uma doutrina humana que prega usando o nome de Cristo para satisfazer seus desejos egoístas e encher o bolso de dinheiro, por exemplo.

Quero ser o que Deus quer que eu seja e ser identificado por isso a fim de viver somente a fé, as Escrituras, a graça e somente a Cristo para a glória de Deus. Nesse sentido, compartilho um texto edificador escrito abaixo pelo pastor Antonio Mendes, o qual tive a honra de ouvir de perto sua exposição em um evento que ocorreu na minha Igreja, e o meu desejo é que você seja abençoado da mesma forma:

Mais uma vez Satanás nos roubou. Agora foi a nossa própria identidade, pois se somos identificados na rua como “Cristãos”, podem estar nos confundindo com os Católicos, Espíritas ou diversas outras religiões e doutrinas que se identificam assim.

Se nos chamam de crentes ou evangélicos, nos sentimos desconfortáveis, pois logo vem à mente aqueles programas de rádio ou TV, que gritando ou falando mansinho, proclamam um “evangelho”, em que o Senhor Jesus, é um mero fazedor de milagres, um Nome a ser invocado para curar ou resolver todos os problemas financeiros, mediante o pontual pagamento de um carnê.

E essa modalidade criminal não é nova, mal a Igreja dava seus primeiros passos, o Apóstolo Paulo já se defrontava com esse problema:

Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo; ou, Eu de Apolo;  ou Eu sou de Cefas; ou, Eu de Cristo”. 1 Coríntios 1:12

Já passou da hora de pensarmos numa definição de quem somos, evitando assim sermos jogados todos dentro do mesmo balaio.

Um amigo contou-me uma experiência muito interessante. Ele foi para uma consulta médica e, conversa vai conversa vem, ele se declarou evangélico. O médico, que não era um crente, ficou espantado já que o conhecia de outras consultas e viu que ele não tinha o perfil de um evangélico segundo sua concepção. O doutor foi mais adiante e quis saber qual era sua igreja. O meu amigo respondeu que pertencia a uma igreja Batista. De pronto o médico disse: “Não, o senhor é protestante! O termo evangélico não cabe para o Senhor”.

Para aquele médico há uma enorme diferença entre protestante e evangélico. Para ele o termo evangélico define um grupo novo com práticas questionáveis que não tem nada a ver com aqueles oriundos da reforma. Sei que há controvérsia se somos ou não protestantes. Tirando as controvérsias de lado, acho melhor sermos identificados como protestante.

São muitas as razões que podem nos levar a assumir a identidade de protestante. Historicamente foi um grito corajoso que marcou o posicionamento bíblico daqueles que disseram não às heresias e a uma igreja política e sem identidade com a Verdade revelada. Foi um grito para que os santos, isto é os salvos, desenvolvessem seu sacerdócio sem a interferência de um mediador terreno.

Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”1 Pedro 2.9.

A razão maior está na forma de apresentar Jesus. Ele é apresentado tão somente como aquele que cura o físico e faz as pessoas ficarem ricas, e não é apresentado como o salvador do homem perdido, pois ele veio buscar e salvar o que estava perdido (Lucas 19.10). Eu não quero ser confundido com aqueles que tiram a glória do Filho, com Salvador do homem perdido. Eu não quero ser confundido com aqueles que usam o nome de Cristo para se enriquecerem. Eu não quero ser confundido com aqueles que vendem bênçãos e fazem da graça de Deus um produto altamente rentável.

Particularmente, gostaria de ser identificado com aqueles que pregam e vivem só a escritura, só a fé, só a graça. Gostaria de ser identificado com aqueles que falam o que Deus falou, pois o que Ele tinha para nos falar está revelado em sua Palavra. Seria melhor ainda se fôssemos identificados como cristãos, mas infelizmente o termo não identifica os verdadeiros seguidores de Cristo.

Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que sejais concordes no falar, e que não haja dissensões entre vós; antes sejais unidos no mesmo pensamento e no mesmo parecer”. 1 Coríntios 1:10  

Que Deus lhe abençoe,

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Leonardo Gleygson

Autor original: © Antonio Mendes, 2008-2017. Todos os direitos reservados. Por Ministério Pregue a Palavra, 2018. 🙂

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