Em praticamente tudo o que você faz na vida, tem uma “régua de qualidade”, quer seja as notas que você tira na escola, curso ou faculdade; nas premiações do seu trabalho, etc.

 

Tudo tem uma régua de qualidade e ela precisa ser considerada. A régua de qualidade para um jogador de futebol que joga no Real Madrid, não é a mesma para o cara que joga no São Caetano.

 

A régua de qualidade da Disney e do Beto Carreiro não é a mesma, assim como a qualidade de um Honda Civic é mais elevada que a de um Fiat Uno (embora os 2 sejam excelentes em suas funções principais: te transportar para outros lugares).

 

Entendeu o que eu quero dizer?

A régua de qualidade é real em nossas vidas.

 

– Mas por que você está falando isso, Igão?

Bem, é simples…

Nós servimos a um Deus excelente, certo? (certo.)

Sendo assim, quando fazemos algo para Deus, tal coisa exige um nível de qualidade a altura daquELe para quem estamos fazendo – o que, tecnicamente, é impossível, mas a meta é fazermos o nosso máximo, quando fazemos algo para Ele.

 

O padrão do Céu é a excelência e a adoração

Se novas criaturas somos, como novas criaturas devemos agir, pensar, falar, viver. 

Como eu disse, praticamente tudo tem uma “régua de qualidade” e o nível de qualidade do Céu é muito mais acima do que aqui na Terra.

É difícil para nós entendermos, mas é muito necessário que entendamos, pois quando contrário, “o pecado nos ameaça à porta”, assim como ocorreu com Caim.

 

Caim e sua oferta mixuruca 

Lá em Gênesis 4, a bíblia nos conta a história das ofertas de Caim e Abel. Em suma, temos 2 tipos de crentes na mesma história:

  • o adorador de Deus
  • o adorador de seus próprios bens

 

O adorador de Deus, adora a Deus acima de todas as coisas. Isso é lindo, pois quando acontece, vemos a criação agindo da forma que o Criador planejou, como deveria ser.

Abel adorou a Deus com sua oferta. Entregou o melhor que tinha, como forma de adoração, por reconhecer a quem estava servindo.

 

Caim, fez o oposto. Antes mesmo de matar seu irmão, já havia sido consumido pelo pecado, não à toa o Senhor o repreendeu: “o pecado o ameaça à porta”.

Talvez avareza, talvez mesquinhez, talvez avidez… Não sabemos o que ao certo, mas um apego maior do que o necessário às coisas que produzia, tinha tomado o coração de Caim, de tal modo que, ao invés de dar ao Senhor o melhor que tinha, entregou apenas o que lhe restara, a “sobra de ontem”.

 

Que audácia de Caim, não? 

Com toda certeza, ele não entendera o padrão de qualidade de Deus, a régua era muito alta para ele, não porque Deus a fez de um modo que ele nunca pudesse alcançar, mas porque o pecado o rebaixou, de maneira que, ficou difícil alcançar o padrão qualitativo de Deus: a excelência.

 

Como você faz as coisas para o Senhor?

Será que, no que você faz, você tem feito como Caim? Ou tem feito como Abel?

Quem é você? Um adorador de Deus ou um adorador de seus próprios bens?

 

Pergunta dura, mas importante para refletir.

Quando fazemos algo para o Senhor, em qual lugar está nosso coração?

 

E quando digo sobre “fazer algo para o Senhor”, me refiro a tudo que fazemos. Pois como diz Paulo: 

Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.

1 Coríntios 10:31

 

Você está conduzindo sua vida, seus atos, seus deveres… em adoração à Deus? Para a glória dEle?

Quem é você? Um adorador de Deus ou um adorador de seus próprios bens?

 

Nota de corte do Céu

Quando você faz o Enem ou qualquer vestibular, sempre tem uma nota de corte. Isso quer dizer que, se você tirar uma nota menor do que aquela: Game Over.

– Tudo bem, Igão, mas isso não é nenhuma novidade.

 

De fato, não é. A novidade aqui é que no Céu também há uma nota de corte, e que, se você não cumprir: Game Over (e acredite, aqui é game over meeeeeesmo!).

A nota de corte do Céu? Jesus nos disse lá em Lucas 9:23

E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.

Lucas 9:23 

 

A cruz é a nota de corte, sem ela não podemos ir ao Senhor. Isso não quer dizer que você vai ter que ser crucificado fisicamente, afinal, Cristo passou essa fase por você, exatamente para você não passar.

A crucificação é da vida, da sua vida. Assim como Cristo fez.

 

Cristo não foi apenas levantado numa cruz pelos nossos pecados, mas Ele viveu uma vida de cruz em todo tempo que esteve aqui na Terra.

“A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra.” (João 4:34).

“Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (João 6:38).

 

Ditos como esses, nos mostram que Cristo não só foi levantado no madeiro, mas também – em todo momento – viveu uma vida de cruz.

E foi exatamente por isso que o Cordeiro de Deus teve seu nome exaltado, acima de tudo e todos (filipenses 2:9-11). É por isso que ele é o único digno de tirar o selo e abrir o livro (Apocalipse 5:1-9), pois ele tirou 10, com excelência, sem falha alguma.

 

Passou muito fácil na nota de corte, como ninguém mais conseguiu e nunca vai conseguir fazer.

A Ele seja dada toda a glória. Amém.

 

Ofertantes adoradores, como Abel

Finalizo esse texto com a seguinte mensagem: que possamos ser verdadeiros adoradores de Deus, que O adorem em espírito e verdade, entregando sempre o que temos de melhor, e não o que nos sobra.

Não servimos a um Deus de sobra, servimos a um Deus de excelência, que não exige pouco, exige tudo.

 

A régua de qualidade do Céu é tudo. Para nos salvar, Cristo renunciou a tudo, Ele não espera nada menos que isso.

Até mais.

 

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