Uma das palavras mais comentadas atualmente é algoritmo. Não vou cometer a heresia de me debruçar sobre o termo em respeito aos que o dominam, mas, na prática, para os usuários da internet, é uma combinação de códigos que permite o reconhecimento das informações que você consome na internet. Há uma cadeia sistêmica que identifica o que você fala, vê e ouve, por quanto tempo faz isso, de onde consultou cada dado, de maneira que oferece opções semelhantes àquelas lidas pelo algoritmo. Em alguns momentos parece que o algoritmo “prevê” nossos pedidos e desejos.

É verdade que a rotina humana foi revolucionada pela tecnologia. Quanto tempo você gasta em frente a uma máquina? Não sabe? O algoritmo, sim. E qual a importância que demos à rotina? Os dias passam e, sem se dar conta, mesmo que você não goste, existe um padrão nos seus dias: hora de acordar, estudar ou trabalhar, descansar… Algumas pessoas percebem e valorizam este processo mais que as outras como uma forma de ter o controle de todas as etapas.

Até que… “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.” (Salmos 139:16) A declaração do salmista nos confronta em relação ao controle da rotina e ao poder do algoritmo maior: a soberania de Deus. Não há uma sequência base que leve à interpretação de outras ações, mas o começo e o fim determinados.

Se uma vida sem padrões é prejudicial, uma vida pautada excessivamente neles, também. A primeira despreza o serviço, a ação, os dias já escritos, enquanto a segunda flerta com o controle que parece existir, mas só parece. Ninguém pode dizer, logo no começo do dia, “não vou morrer hoje”, certo de que sua afirmação será estabelecida, por exemplo.

A questão é: a quem sua rotina se submete? Aos algoritmos ou à soberania de Deus?

Minha sugestão é que você releia o livro de Jó e acompanhe como “o algoritmo do sofrimento” permitido por Deus não foi suficiente para afastá-lo do Criador, mas de aproximá-lo Dele. Jó tinha sua rotina submissa à soberania de Deus, e não à sequência dos fatos.

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