Queria eu poder escrever mais sobre os 13 anos do primeiro texto publicado no NMM, mas, como ano de estreia, apenas menciono o prazer e o privilégio de fazer parte desse ministério que alcança você, que lê hoje, amanhã, depois de amanhã…

Aliás, você também deve estar com o mesmo sentimento que eu em relação a dois fatos que ganharam luz nesta semana: o andamento das investigações da morte do menino Henry no Rio de Janeiro, que aponta o padrasto e a mãe como principais envolvidos, e as doses de ar aplicadas em várias pessoas que aguardaram a vez na fila da vacina contra a Covid-19. Se pensamos sob a ótica moral, queremos justiça em ambos os casos.

Entretanto, esse código de bons costumes é impossível de ser cumprido em sua totalidade. Antes que você pense que eu estou defendendo os protagonistas dos exemplos, isso nada mais é do que a constatação da natureza pecaminosa do homem, seja por meio de pecados com holofotes, seja pela última mentira que você contou a alguém mais próximo. É exatamente por essa incapacidade de cumprir a lei que somos justificados, atenção, quando reconhecemos quem nos justificou e, a partir disso, anunciamos a possibilidade da justificação para quem está próximo.

Você deve estar se perguntando o que colocaram no meu café a essa altura, mas observe que, se dissemos que fomos alcançados pela graça, precisamos entender que ela pode se estender ao mais terrível dos criminosos ou à mais trapaceira das funcionárias da saúde. “Então, Deus não vai fazer nada?” Deve ser sua pergunta, agora. Sim, eu respondo, a vingança é do Senhor àqueles que permanecem no caminho da perversidade.

Enquanto isso, que olhemos para a justificação definitiva de Cristo na cruz porque houve vitória sobre a morte – como devemos lembrar todos os dias. Caso contrário, seremos justiceiros seletivos porque dificilmente olharemos para a nossa violação da moral.

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