Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4:23)

As palavras de Salomão nos apontam para o risco inato do ser humano em desguardar o coração, isto é, mantê-lo suscetível a qualquer ameaça. Mais: as ameaças com as quais nos encontramos ao longo do caminho, por vezes, disfarçam-se.

São os ídolos imprevisíveis. Há, antes, os previsíveis, mas imperceptíveis para quem flerta com eles perigosamente: dinheiro, trabalho, casamento, paternidade, futebol… Contudo, os imprevisíveis são elementos que pouco parecem oferecer riscos.

Nesta semana, alterou-se o horário da Escola Dominical na igreja da qual faço parte. Por uma questão de logística de alguns irmãos e, sobretudo, da incidência das crianças, passou-se para as 18h. Não me estranhou o fato de alguns irmãos, por direito, discordarem, mas me estranharam os argumentos usados por alguns deles: “estou acostumado a ir à igreja pela manhã”, “daqui a pouco vão mudar todos os horários e não vai caber mais gente”.

Observe que uma preocupação com a tradição e com o espaço físico, mas não com a chegada de novos crentes. Uma das projeções é, de fato, ter um novo espaço e uma nova dinâmica, o que significaria crescimento da igreja e, sobretudo, disseminação do Evangelho. Não há motivo mais nobre do que este.

As palavras de Salomão penetraram no meu coração para que eu pudesse sondá-lo a fim de identificar quais os ídolos imprevisíveis que podem nascer e crescer aqui. Encorajo-o a fazer o mesmo!

 

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