Acho interessante, mas muito mais perigoso, o pensamento de que “Deus quis assim” quando as coisas fracassam em relação aos nossos planos. Um relacionamento encerrado? Ah, “Deus quis assim”. Uma morte abrupta? “Deus quis assim”. Um emprego encerrado? “Deus quis assim”. O problema é que só atribuímos a soberania de Deus às nossas vidas depois de esgotadas todas as possibilidades. Logo, ela é a última instância, e não a primeira, como deveria.
Entender a soberania e o controle de Deus sobre todos os fatores é algo que deve fortalecer e preservar a nossa fé. Se partimos do princípio de que Ele sabe todas as coisas, por mais difíceis que elas pareçam ser, a soberania de Deus para o crente não deve ser a última instância, a explicação por eliminação, mas a característica que nos faz pensar não só no fato presente, como nos que já se consumaram.
Em ano de eleições e candidatos, dizer “foi da vontade de Deus” é ainda mais desafiador. Você crê que Ele controla todas as esferas da sociedade, ou só faz menção quando a sua vontade concorda com a Dele? Precisamos nos esforçar para interpretar a vontade de Deus a partir dos seus decretos. Por isso, a soberania deve ser entendida a partir das Escrituras, e não de um golpe de sorte (ou azar).
Talvez seja o momento de perguntarmos a nós mesmos: em que instância está a soberania de Deus nas minhas avaliações diárias?
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