A Páscoa é um relato de recomeços.

Ela aponta para o que aconteceu há milhares de anos, no Egito, quando o povo hebreu estava prestes a ser liberto da escravidão.
Esse acontecimento uniria a nação, marcando o começo de uma nova vida.
Em uma mesma noite, foram percebidos contrastes vívidos entre liberdade e condenação, livramento e juízo, vida e morte.
Sinais já tinham sido demonstrados por intermédio de Moisés para que o chicote dos carrascos egípcios parasse de castigar o povo escolhido por Deus.
Até aquele momento, nove pragas tinham sido enviadas sobre o povo governado pelo Faraó. O golpe final e mais duro veio através da décima: a morte dos primogênitos.
O que faria a diferença entre a vida e a morte seria uma marca feita com o sangue de um cordeiro.
O Senhor passaria para ferir os egípcios.
Quando, porém, visse esse sangue na verga e nas ombreiras das portas, não permitiria que o Destruidor entrasse naqueles lares para ceifar a vida dos filhos mais velhos.
A casa que estivesse sem a marca do sangue do sacrifício, seria ferida. Seus primogênitos teriam suas vidas ceifadas.
E este é o sentido da palavra Páscoa: “passar sobre” os seus e não trazer morte.

No Novo Testamento, a Páscoa refere-se à morte e à ressurreição de Cristo.
Nele, também recebemos uma nova vida e uma chance de recomeçar.
Assim como Deus tirou o seu povo do Egito, demonstrando seu poder e grandeza, Ele nos livrou da morte eterna, com um poder ilimitado.
Assim como os hebreus foram poupados da morte por conta do sangue vertido de um cordeiro sacrificado, o Senhor nos tirou do cativeiro do pecado pelo sangue de Jesus – o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

A Páscoa cristã é mais profunda e autêntica que a Páscoa hebraica.

Afinal, o Cordeiro de Deus recebeu a punição sobre o seu corpo de uma vez por todas, para que todo aquele que nele crê não morra, mas seja preservado da morte espiritual e da morte eterna.
Por Ele, recebemos uma nova família.
Nele, estamos seguros de que o pecado não terá mais domínio sobre nós.
Ou seja, Jesus Cristo, o Eterno Filho de Deus, à semelhança dos cordeiros no Egito, sofreu a pena e o juízo no lugar do seu povo para que a justa ira de Deus não recaísse sobre seus escolhidos, mas fosse por Ele assimilada.
O Unigênito do Pai livrou, não apenas os primogênitos do povo, mas todos aqueles que O confessam como Senhor e Salvador, para que se tornassem filhos, através da adoção.
Ele nos fez pertencer a uma família – uma comunidade adoradora e missionária.

Ainda assim, vivemos em um mundo fragmentado.
Há vidas quebradas.
Há lares desfeitos.
Há igrejas em crise.
A sociedade está enferma.
Por essa razão, mais do que nunca, precisamos urgentemente da mensagem da Páscoa.

Talvez você precise de um recomeço.
E recomeços nem sempre têm a ver comigo e com você – o próprio Jesus veio por causa de outros.
Hoje, você precisa se perguntar: “Onde eu preciso recomeçar?”
Se um sapato aperta, você precisa tirá-lo.
Da mesma forma, sem reconhecer o seu problema, não conseguirá recomeçar.

Me atrevo a lhe dar uma “lição de casa”: identifique qual é o seu problema.
Trabalho, ciúmes, grosseria, indiferença, estilo de vida… não sei.
Mas você pode saber.
Se não estiver tão claro, peça ao Senhor para lhe mostrar.

Em Cristo, recomeços são possíveis.

Por isso, não se esqueça:
A Páscoa é um relato de libertação.
A Páscoa é um relato de amor.
A Páscoa é um relato de recomeços.

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