“Então o rei Nabucodonosor se inclinou e se prostrou com rosto em terra diante de Daniel. Ordenou que oferecessem a Daniel uma oferta de cereais e incenso. O rei disse a Daniel: — Certamente o Deus que vocês adoram é o Deus dos deuses e o Senhor dos reis. Ele é quem revela os mistérios, pois você foi capaz de revelar este mistério. Então o rei engrandeceu Daniel e lhe deu muitos e grandes presentes. Ele o pôs como governador de toda a província da Babilônia. Também o fez chefe supremo de todos os sábios da Babilônia. A pedido de Daniel, o rei pôs Sadraque, Mesaque e Abede-Nego como administradores da província da Babilônia; mas Daniel permaneceu na corte do rei.” (Daniel 2:46-49 NAA)
Sendo um incrédulo pagão, Nabucodonosor ficou tão espantado com o que Daniel fez que o tratou como se fosse um deus! O centurião romano Cornélio tratou Pedro da mesma forma (At 10.25,26), e Paulo e Barnabé foram considerados deus pelo povo de Listra (At 14.8-18). Como judeu devoto, Daniel deve ter detestado essa bajulação, mas sabia que não devia protestar contra as ordens do rei. No entanto, ao prestar homenagem a Daniel, o rei, na verdade, estava reconhecendo que o Deus dos hebreus era maior que todos os outros deuses. Nabucodonosor ainda não havia chegado a crer no único e verdadeiro Deus vivo, mas esse foi o primeiro passo.
Aquilo que o rei fez e disse também foi uma declaração a todos na corte de que Daniel era superior aos conselheiros babilônios que não conseguiram descrever o sonho, muito menos explicá-lo. E, no entanto, aquilo que Daniel e seus amigos fizeram salvou a vida desses homens.
O rei cumpriu sua promessa e promoveu Daniel com grandes honrarias, assim como Faraó havia promovido e honrado José no Egito (Gn 41.39-43). Aquilo que começou como uma possível tragédia – o massacre de quatro homens piedosos – transformou-se em enorme triunfo, e o Deus de Daniel foi grandemente glorificado.
É bem provável que situações parecidas possam acontecer conosco. Uma vez que servimos a Deus de todo o coração e com toda a sinceridade, procurando realizar nossas mais diversas tarefas, podemos receber homenagens, elogios diante da excelência prestada. Agora, o que nós faremos com isso revelará onde está o nosso coração, e de fato, quais são nossas intenções. Buscar honra, ser reconhecido ou apenas fazer as coisas como se estivesse fazendo para Deus?
Daniel conhecia o Deus a quem ele servia. E, se dispôs a servi-lo com excelência. Deus em sua soberania aprouve elevá-lo de posição, permitindo que chegasse a lugares onde ele jamais imaginou chegaria, tudo para honra e glória do próprio Deus.
Que os nossos olhos sempre estejam voltados pra cruz de Cristo, independente de onde ele nos levar. Que possamos buscar a glória de Deus e não de homens. Que Ele seja adorado e que sua vontade seja feita em nossas vidas, que o sirvamos com toda a humildade e sinceridade de nossas almas.
SDG.
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