Entendemos por usos e costumes o conjunto de tradições de uma igreja e seu grupo de membros sobre determinada atividade da congregação. A discussão é tão grande que remonta os tempos da igreja primitiva, quando, por exemplo, se debatia sobre o uso do véu durante as reuniões solenes (1 Coríntios 11.2-16).
Não podemos confundir isso com os elementos de culto, que é definida biblicamente por: oração, leitura da Palavra, pregação centrada na Bíblia, cânticos espirituais e administração dos sacramentos (ceia e batismo).
Algumas igrejas se prendem tanto à lista criada de usos e costumes criada por elas próprias que impedem que o público externo se sinta encorajado a simplesmente visitar seus templos.
Augustus Nicodemus explica que “a santidade não tem nada a ver com usos e costumes. Ser santo não é guardar uma série de regras e normas concernentes ao vestuário e tamanho do cabelo. Não é ser contra piercing, tatuagem, filmes da Disney. Não é só ouvir música evangélica, nunca ir à praia ou ao campo de futebol. Não é viver jejuando e orando, isolado dos outros, andar de paletó e gravata. Para muitos, santidade está ligada a esse tipo de coisas. Duvido que estas coisas funcionem. Elas não mortificam a inveja, a cobiça, a ganância, os pensamentos impuros, a raiva, a incredulidade, o temor dos homens, a preguiça, a mentira. Nenhuma dessas abstinências e regras conseguem, de fato, crucificar o velho homem com seus feitos. Elas têm aparência de piedade, mas não tem poder algum contra a carne. Foi o que Paulo tentou explicar aos colossenses, muito tempo atrás: ‘Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade’ (Colossenses 2.23)”.
A preocupação da congregação (e do cristão, individualmente) é que o culto resulte em glória direcionada unicamente a Deus, sem invencionices humanas que mais atrapalham do que ajudam na construção da nossa santidade.

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