E aí, queridões! Graça e Paz. Espero que tenham descansado bastante e curtido bem as férias com a família e Igreja.

Talvez, o seu ano tenha iniciado com sofrimento pelas expectativas e ansiedades sobre o que estaria por vir, o que gerou de certo modo uma “crise de ano novo”, como conversamos aqui. Ou quem sabe, você ou alguém próximo está com uma enfermidade grave ou perdeu o emprego. Vixe…. Mas cristão sofre?

Independente do motivo, o sofrimento é algo inerente ao ser humano, seja ele cristão ou não. Ele vem como consequência da pecaminosidade, porque todos nós  somos pecadores (Rm 3:23) e no mundo estamos sujeitos a aflições (Jó 16:33). Logo,  a forma com que lidamos com tal sofrimento pode revelar em quem ou no que temos confiado de fato.

Pensando nisso, resolvi começar um série de posts intitulada #SEGREDODOSOFRIMENTO sobre essa temática a partir da vida de Jó. Por acreditar que o sofrimento esconde muitas facetas que nos moldam ao carácter de Deus, ao qual podemos conhecer pelas Escrituras.

Aqui pretendemos responder: Como deve o justo reagir ao sofrimento, principalmente, aquele ao qual julga como “imerecido“? Uma vez que todos nós estamos sujeito a ele, quer queira ou não.

Particularmente falando, tinha muitos problemas relacionados a isso. Achava que um filho de Deus não poderia/deveria sofrer, uma vez que Ele é soberano e pode todas as coisas seria “injusto” se isso acontecesse. No fundo, não entendia o porque sofreríamos. Entretanto, estava esquecendo que até mesmo meus julgamentos  foram distorcidos pelo pecado. Se Deus não for o padrão, estou totalmente perdido e equivocado ao que vejo como realidade. Serei um mero tolo.

Sendo assim, hoje vamos fazer uma “revisãozona” sobre a vida de Jó e quem foi Ele, já que não pretendo aqui esgotar-me exaustivamente no assunto e descobrir se realmente é possível que um justo sofra? Vamos nessa?

A trágica tragedia de Jó

Se pudesse resumir o propósito inteiro do livro já com uma aplicação para as nossas vidas, seria algo assim:

Não importa o motivo pelo qual sofremos, desde que nos agarremo-nos em dependência a Deus e o busquemos, pois Ele é soberano, justo e bondoso. 

Falo isso, porque o Livro de Jó não se preocupa em discutir a causa do sofrimento. Isso fica tão claro quando o livro acaba e fica aquele silêncio de: Mas, porque exatamente isso, ocorreu? A resposta não importa tanto, se temos a certeza de que Deus foi quem traçou a história e trouxe a glória para si mesmo, ao reduzir a criatura ao nível que lhe é devido… pó!

Pois bem, os capítulos 1 e 2 narram a surpreendente tragédia de Jó.

Isso se deve ao contraste de um homem considerado sincero, reto, temente a Deus e que se desviava  do mal (Jó 1:1) que possuía muitos recursos e posses (Jó 1:3), sendo aparente e humanamente falando “arruinado” por diversas catástrofes e perdas, das quais listo algumas:

  • Perda da criação e rebanho (Jó 1:14-16)
  • Perca dos camelos (instrumento de transporte e trabalho) e seus funcionários (Jó 1: 17)
  • Morte dos seus filhos (Jó 1:19)
  • Danos na própria saúde (Jó 2:7)
  • Rejeição da própria esposa em relação a Deus (Jó 2:9)

Diante disso, fica claro que:

O justo pode sofrer e perder todos seus bens terrenos e isso não muda quem Deus é, ao contrário, transforma o próprio homem. 

Mantendo-se firme

O sofrimento transforma o homem, desde que ele reconheça a Deus 

Isso é nítido na vida de Jó, pois ele cultivou sua submissão a Deus e a sua vontade, sem pecado algum (Jó 1:22),  mesmo sem provavelmente entender o que lhe ocorria. Ao contrário, glorificou a Deus, apesar do sofrimento:

Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor”. Jó 1:21

Vemos ainda, um papel importante que três amigos fizeram ao compartilhar o sofrimento e oportunizar consolo (Jó 2:11-13). Aos primeiros dias, tais amigos não falaram uma palavra sequer porque a dor era tamanha, nem se preocuparam em julga-lo. Ainda assim, independente da boa ação desses podemos sempre contar com Deus em nossas aflições.

Pois, ainda que percamos tudo, jamais estaremos tão distante de Deus que Ele não possa nos alcançar. 

Portanto, é possível sim que o justo sofra (CRISTO É O MAIOR EXEMPLO DISSO) , não cabendo a ele entender necessariamente os porquês, mas que corra para os braços daquEle que o sustem.

Que Deus te abençoe,

Leonardo Gleygson

https://www.leonardogleygson.com.br/

 

 

 

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