Sermos sinceros em relação ao que vivemos, principalmente diante do sofrimento, pode demonstrar o quão pequenos e longe de controle estamos em relação a vida, bem como nos levar na direção certa ou nos afastar dela.

Certamente, a sinceridade será sempre insuficiente,  se ela não estiver baseada no temor a Deus.

Por exemplo, se nos move a agradarmos ao outro ou a buscar esperança em “coisas e pessoas”, o proposito sofrimento é distorcido.

Mas, como evitar distrações e buscar tão somente a Deus diante o sofrimento? É sobre isso que vamos discutir!

Como vimos no ultimo post que publiquei,  Jó estava se lamentando sobre seu destino e questionando-se sobre o significado do sofrimento, tendo em vista que não o considerava digno de passar por tamanha pertubação, pois se autoconsiderava como não merecedor de vivenciar seus próprios temores (Jo 3:25-26).

E, para deixar a situação mais tensa alguns amigos de Jó, a partir do capitulo 4, passam a avaliar seu sofrimento a partir de perspectivas distintas e o acusa, mesmo sabendo que Jó estava defendendo sua integridade, pois para o mesmo tal provação era imerecida.

Acusação que produz dúvida e indignação

O primeiro amigo, chamado Elifaz, acusou Jó de pecado oculto (Jó 4:1-8) e quis induzi-lo a procurar saídas misticas para seu possível pecado (Jó 4:12-5:27). Isso levou de alguma forma, Jó questionar a justiça de Deus, mesmo se considerando justo (Jo 6:1-4).

O segundo amigo, chamado Bildade, tentou mostrar que Deus só era justo aos que são justo (Jo 8:1-11), o que provocou desesperança na vida de Jó (Jó 9:1-10). 

O terceiro amigo, chamado Zofar, deixou a situação de Jó ainda mais triste ao acusar ainda mais sua vida (Jó 11:1-12). 

Todas as perspectivas dos amigos de Jó, estavam inevitavelmente equivocadas, uma vez que: é impossível o homem se autojustificar dos seus feitos ou não.

  • Somente por meio de Cristo somos perdoados dos nossos pecados (Is 43:25; Is 55:7; Mt 6:14-15; Lc 24:46-47; 1 Jo 1:9).
  • Deus é a justa justiça para todos (Sl 145:17)
  • NEle já não existe nenhuma acusção e condenação (Rm 8:1)

O que chama mais atenção é: Todas as acusações dos amigos de Jó estavam baseadas em suas visões humanas limitadas, por isso gerou dúvida e indignação para Jó. Estes amigos provavelmente tinham conhecimento das leis da época, porém não agiam sabiamente, pois falharam fatalmente em colocar em pratica aquilo que intelectualmente sabiam.

Esperança em meio ao sofrimento

Pela graça de Deus, vemos nesse bloco do livro uma resposta surpreendente de Jó: ele acusa seus amigos de falta de perspectiva correta (Jo 12:1-13) e se coloca disposto a submeter a soberana justiça de Deus (Jo 13:20-28).

Provavelmente, aqui ele aprendeu que:

Seja qual for o motivo do homem se considerar justo, é insuficiente para torna-lo integro por seus próprios méritos.

Por essa razão, Deus deve ser nossa esperança de fé e prática, pois só Ele é digno de procura. E quem o procura sempre acha, mesmo em meio ao sofrimento. Tendo sempre a convicção que devemos entregar nossos sofreres a Deus e não aos amigos, assim como, não somos tão bom quanto pensamos. Portanto, devemos nos arrepender sempre, pois é necessário.

 

 

Deus te abençoe.

Leonardo Gleygson

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