Se tem uma coisa que eu realmente não gosto, é repolho.
Não gosto, não consigo comer, mesmo depois de várias tentativas frustradas da minha mãe de fazer com que eu gostasse, já que a minha mãe é totalmente “pró-salada”, ou seja, SEMPRE tem que ter salada na hora do almoço.

Eu gosto de outras saladas, mas repolho, só eu que não como aqui em casa. Isso significa que outras três pessoas nessa casa, gostam.
E pelo menos uma vez por semana, é meu dia de fazer almoço.
Minha família já sabe, que quando eu cozinho, não terá repolho de salada. Não mesmo.
Porque eu não gosto e porque eu nem sei picar repolho.
Minha mãe sempre reclama que fica uns pedaços enormes.
Desisti.

Mas chegou um dia em que eu estava cozinhando, parei e pensei: por que ser tão egoísta?

Eu não gosto de algo, mas as pessoas que eu amo gostam. Custa eu fazer? Custa ao menos tentar?
Não dói, não tira pedaço.
E foi ai que eu mudei.

Mudei e aprendi que sou mais feliz agradando as pessoas que eu amo, do que agradando a mim mesma.
E fiz repolho para a salada.
Do meu jeito… me esforcei para cortar fininho, do jeito que a minha mãe gosta.

Sabe, acho que isso é amor.
Amor é quando você não gosta de algo, mas faz, porque a pessoa que você ama, gosta.
Amor é atitude, não apenas palavras.

Amor é querer agradar a sua família, mais do que agradar a si mesmo.

Amor é se doar. Amor é deixar honrar seu pai e sua mãe. Amor é cuidar do seu irmão.

Amor é esquecer de si mesmo em favor de quem você ama. Amor é sacrifício.

Sei que parece um texto bobo e meio sem sentido. Mas para mim, aquele dia, fez todo o sentido. Deus fala através de várias situações, e Deus usou o fato de eu não gostar de repolho, para me falar sobre o amor; sobre o amor em relação à minha família.

Qual tem sido o repolho na sua vida? Aquilo que você não faz, porque pensa mais em você, do que em quem você ama?

Reflita sobre isso.

Com amor

Pati Geiger

Escrito em 26 de julho de 2013.

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