O que acham? Havia um homem que tinha dois filhos. Chegando ao primeiro, disse: ‘Filho, vá trabalhar hoje na vinha’.
“E este respondeu: ‘Não quero! ’ Mas depois mudou de idéia e foi.
“O pai chegou ao outro filho e disse a mesma coisa. Ele respondeu: ‘Sim, senhor! ’ Mas não foi.
“Qual dos dois fez a vontade do pai? ” “O primeiro”, responderam eles
Mateus 21:28-31

Jesus contou essa parábola para retratar dois tipos de pessoa. Vamos identificá-las e trazer um pouco para o nosso contexto para extrairmos uma lição e sermos edificados.

O primeiro filho é um rebelde impulsivo, mas que reflete nas suas atitudes, se arrepende e repara o erro como pode. Ele, a princípio, não aceita a autoridade de seu pai, rejeita a sua vontade e prefere seguir o seu próprio desejo, que é o de não trabalhar na vinha. Semelhantemente, nós, cristãos verdadeiros, rendidos ao Senhor, outrora vivíamos em rebeldia contra Deus, escravos de nossa carne, fazendo coisas inconveniente e ofensivas ao Criador. Contudo, houve um dia em que aprouve ao Eterno nos arrebatar o coração, preenchê-lo com fé, regar-nos de arrependimento, de tal modo que nós nos voltamos para Ele buscando obedecê-lo em tudo, discernindo a Sua soberana vontade.

O segundo filho é um político. Não no sentido literal, claro, mas na sua postura: ele promete coisas que não têm parte com a verdade para ludibriar. Ele assente para o pai “Sim, senhor!”, mas não o obedece de fato. É um filho que, à vista de um terceiro que observa a cena, é bondoso, respeitoso, e que honra o pai. Ele tem aparência de piedade e goza de tal fama perante todos. No entanto, às escondidas, não levando em consideração a ordem do pai, desonra-o, ignorando a vontade dele. Assim são todos aqueles que brincam de ser servos de Deus. Estão ativos na igreja, ocupam cargos, ensinam os demais irmãos, dizimam e adoram fervorosamente no culto público. Porém, em casa, estão sempre alimentando a carne com conversas lascivas na internet, pornografia e masturbação, falsidade, língua maldizente, pensando primeiro em si e nunca nos outros, cheios de orgulho e soberba, amando a autonomia e a libertinagem. Mal sabem encontrar os livros na Bíblia e só oram quando solicitados em reuniões.

É fácil nos identificarmos com o primeiro filho, porque todos os cristãos um dia compreenderam o Evangelho, se arrependeram, e se entregaram a Cristo. Mas negligenciamos as nossas similaridades com o segundo. Será que estamos sendo crentes de brincadeira? Será que só estamos interessados na igreja por causa dos nossos cargos, que nos colocam em evidência? Será que estamos apenas querendo participar daquele grupo social, que sai depois do culto para jogar conversa fora?

Precisamos da graça do Pai, para que Ele nos faça ser como o primeiro filho, que reconhece suas falhas e muda o seu comportamento para melhor. Temos o Espírito disponível a nós, para nos auxiliar em tudo.

Se você se percebeu no segundo, ore a Deus. Ele não abandona nenhum dos que O procuram. Há misericórdia pra você, assim como há pra mim, que também sou um miserável pecador, carente do meu Senhor. Não espere, corra para Jesus.

Produza frutos.

Em Cristo,
Lucas

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