Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês.
(Mateus, 5.48)

 

Esse versículo é basicamente sobre algo que Jesus nos manda ser: perfeitos. Engraçado, né? Nós, pó desta terra, sem muito o que oferecer, devemos ser perfeitos. É uma reflexão muito interessante, porque tem muito mais a ver com a pessoa de Cristo do que com nós mesmos.

Lendo o texto de Mateus 5, podemos tirar vários ensinamentos, várias coisas que a gente pode pensar em trazer ao nosso dia a dia. Ser humilde, puro, pacificador, entre outras. É interessante; Cristo em si mesmo revelava tudo isso. Mas quanto a nós sermos perfeitos… Ah, parece que não tem muito jeito, né? Somos como aquele objeto que quebra e é remendado. Parece que não tem muito como ficar 100%. Contudo, não é sobre sermos de imediato perfeitos, não. É sobre nos espelharmos numa perfeição que só Jesus oferece, é tê-la como alvo e compreender que nós mesmos não somos fontes disso, mas podemos nos ver como aprendizes dessa perfeição, dessa maravilha mostrada na palavra. E felizes somos por ter simplesmente a oportunidade de tentar, de perto do Rei de toda a perfeição, imitá-lo. Como uma criança que timidamente imita a um adulto, a princípio parecemos desengonçados, mas à medida que crescemos, Ele há de nos conformar àquela imagem madura que ele projetou pra nós.

 

O mandamento Sede perfeitos não é uma palavra vazia e idealista, nem uma ordem para que o ser humano
realize o impossível. Ele vai nos transformar em criaturas capazes de obedecer a esse mandamento. Na Bíblia,
ele disse que somos “divinos”, e será fiel às suas palavras. Se o deixarmos agir — pois podemos impedi-lo, se quisermos —, ele fará do mais fraco e do maior pecador entre nós um ser divino , uma criatura luminosa, radiante e imortal, tomada por uma pulsação tal de energia, alegria, sabedoria e amor que agora somos incapazes de imaginar; um espelho claríssimo e sem mácula que reflete perfeitamente ao próprio Deus (embora, como é óbvio, numa escala menor) o seu poder, sua bondade e sua felicidade infinita.”

-C.S. Lewis (Cristianismo Puro e Simples)

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