Não tem se falado de outra coisa ultimamente. na tv, na internet, nas radios…… todos estão atentos a qualquer sinal de chuva em SC!
As chuvas que atingem Santa Catarina desde a semana passada já contabilizam 101 mortes. Continuam as buscas por 19 pessoas desaparecidas. Na manhã desta quinta-feira (27), o nível da água baixou em várias áreas inundadas, permitindo às equipes de resgate acesso a pontos isolados.
Ao todo, são 78.707 desalojados e desabrigados, sendo 27.410 desabrigados e 51.297 desalojados, segundo a Defesa Civil do Estado. A população afetada chega a 1,5 milhão. Cerca de 64 mil imóveis estão sem energia elétrica. Entre os mortos, oito são crianças com menos de 10 anos. O governo do Estado decretou luto oficial de três dias.
O governo federal editou uma medida provisória que destina R$ 1,6 bilhão para os Estados atingidos por enchentes. Os recursos serão destinados para os Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Lula sobrevoou o Vale do Itajaí e o litoral de Santa Catarina, acompanhado do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e do governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira (PMDB).
A secretaria Estadual de Infra-Estrutra de Santa Catarina já divulgou que serão necessários cerca de R$ 250 milhões para recuperar os estragos causados pelas chuvas no setor de infra-estrutura do Estado, como, por exemplo, portos e estradas.
Pela manhã, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou medidas para socorrer os atingidos pelas chuvas em Santa Catarina. O ministério disponibilizará R$ 100 milhões para medidas preventivas contra doenças endêmicas relacionadas a enchentes – hepatite e leptospirose, por exemplo -, 17 toneladas de medicamentos para atender uma demanda de 90 mil pessoas por um período de três meses e um hospital de campanha – em local ainda não definido – para atuar como centro de triagem.
O desastre repercutiu na imprensa internacional. O Washington Post (EUA) cita os saques ocorridos no Estado, o Fairplay (Reino Unido) avalia os danos provocados pela chuva. Veículos como Hindustan Times (Índia), OhmyNews International (Coréia do Sul), Xinhua (China) e Al Jazira (Qatar) também publicaram notícias sobre as chuvas.
Segundo levantamento do site Contas Abertas, a União gastou apenas 26% das verbas destinadas ao programa de prevenção e preparação para emergências e desastres com prevenção. O governo federal repassou, em 2008, R$ 2,4 milhões para serem usados em obras preventivas, como contenção de encostas e canalização de córregos, para Santa Catarina, enquanto mais de R$ 7,4 milhões, por exemplo, foram encaminhados por meio do programa de “resposta aos desastres” para o Estado, ou seja, o triplo de recursos para remediar, e não prevenir (leia íntegra do levantamento).
Situação dos municípios
A cidade que concentra mais mortes é Ilhota, com 29 casos, em seguida está Blumenau, com 20 mortes. Gaspar contabiliza 15 vítimas; Jaraguá do Sul, 13; Luis Alves, cinco; Rodeio, quatro; Rancho Queimado, Benedito Novo e Itajaí, duas mortes cada; e Brusque, Pomerode, Bom Jardim da Serra, São Pedro de Alcântara e Florianópolis têm uma morte cada.
A Defesa Civil Estadual de Santa Catarina anunciou na manhã desta quinta-feira que as águas das chuvas baixaram e as equipes de resgate conseguiram acesso a todos os municípios que estavam isolados. O governador do Estado, Luiz Henrique (PMDB), declarou estado de calamidade pública em 12 municípios: Blumenau, Gaspar, Rio dos Cedros, Nova Trento, Camboriú, Benedito Novo, Pomerode, Luis Alves, Itajaí, Rodeio, Brusque e Itapoá.
Apenas 5% da população de Blumenau tem acesso à água potável por conta das enchentes, informa o Diário Catarinense. A previsão é de que o serviço só seja normalizado em 5 de dezembro. Por enquanto, a prefeitura atende aos bairros prejudicados com 25 caminhões-pipa.
Blumenau, com 293 mil habitantes, ficou sem água devido ao rompimento da adutora que retira água do Rio Itajaí-Açu. Mesmo após o problema ter sido resolvido, o abastecimento não voltou ao normal porque estações de tratamento de água foram prejudicadas pela falta de energia elétrica, alagamentos e isolamento em razão de deslizamentos de terra.
Duas das quatro estações de tratamento voltaram a funcionar. Elas atendem os bairros de Ponta Aguda e Vila Itoupava, onde estão apenas 5% da população do município. Segundo informações da Prefeitura de Blumenau, 50 mil pessoas foram atingidas pelas enchentes, 25 mil ficaram desabrigados, sendo que 4.764 estão em 62 abrigos públicos. A cidadade é a segunda com maior número de mortos, contabilizando 20 vítimas fatais.
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