Inicialmente, gostaria de convidá-lo a fazer uma reflexão junto comigo sobre o que, de fato, está por trás daquilo que nos deixa tão mal, cabisbaixo e desanimados: O sofrimento. Porque sofremos? Como lidar com o sofrimento? Antes de tentar respondermos essas perguntas, é necessário que façamos uma reflexão do que o Apóstolo Pedro escreveu em sua primeira carta, no capítulo 2, dos versos 18 ao 21:

         Escravos, sujeitem-se a seus senhores com todo o respeito, não apenas aos bons e amáveis, mas também ao maus. Porque é louvável que, por motivo de sua consciência para com Deus, alguém suporte aflições sofrendo injustamente. Pois que vantagem há em suportar açoites recebidos por terem cometido o mal? Mas se vocês suportam o sofrimento por terem feito o bem, isso é louvável diante de Deus. Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos.” 1 Pedro 2.18-21: (tradução NVI)

               A grande questão é: Quem nunca foi perseguido? Quem nunca sofreu retaliações por algum motivo? Quem nunca passou por situações de extrema dificuldade? Bem, é certo que, logicamente, todos nós já passamos e alguns até passam diariamente por questões do tipo. Mas, será que estamos verdadeiramente preparados para passarmos por tais situações adversas? Na verdade, a resposta para todas as nossas indagações relativas ao sofrimento não está no sofrimento em si, mas em nossa conduta e relação diante daquilo que é inerente a nossa própria natureza. Iremos sofrer. A nossa reação não está ligada ao que vai acontecer, mas a forma com que tratamos essa realidade.

                O texto de 1 Pedro 2.18-21 é bastante objetivo e explícito no que se refere a como deve ser a nossa conduta cristã diante do sofrimento. Toda a carta de 1 Pedro é escrita e desenhada para apontar de como deve ser a conduta do cristão diante de circunstâncias difíceis que venham enfrentar (e alguns já enfrentando), devido à perseguição ao cristianismo. E o texto vai falar justamente do sofrimento por fazer o bem. Mas, não seria um pouco contraditório fazer o bem e sofrer? Não!

            Na verdade, num mundo onde todos pecaram e foram destituídos da Glória de Deus (Rm 3.23), aquilo que era o bem se tornou o mal, e aquilo que era mal se tornou bem entre os homens (Is 5.20), e para andar nessa contramão, nada mais justo do que o sofrimento. O bem, em si, que o texto fala, não se restringe em ajudar os pobres ou em fazer boas ações, mas em cumprir, com excelência, a vontade de Deus, defender as verdades bíblicas e viver conforme Cristo viveu, amando uns aos outros, isto é, corrigindo, combatendo pecados, expondo as verdades do Evangelho e andando em santidade. Isto nada mais é do que um espanto para os que vivem em uma vida dominada pelo pecado, justamente porque o Evangelho nos confronta e constrange a nós mesmo, de modo que é louvável diante de Deus, pois aponta para sua soberania e para sua Glória (v.20).

                Foi para isso que fomos chamados, para viver conforme Deus quer que vivamos a ponto de sofrermos por amor a Ele, onde o maior exemplo é Cristo que sofreu por nós, por viver em integridade e por cumprir a vontade de Deus (v.21).

            O sofrimento por amor a Cristo é passageiro como uma tempestade que devasta tudo, porém, Deus usa o sofrimento para reconhecermos que não somos nada e que dependemos tão somente dEle, e assim termos nossas vidas verdadeiramente transformadas. Assim como disse o teólogo John Piper: “Este é o propósito universal de Deus para todo o sofrimento cristão: mais contentamento nEle e menos satisfação no mundo”. Que possamos ser encorajados pelas Sagradas Escrituras, pois uma coisa é certa: o bem do sofrimento é fazer valer a pena o sofrimento do bem!

Autoria: Vitor de Aquino

que cedeu gentilmente esse material 🙂 Obrigado brother!

Que Deus vos abençoe!

Espero que tenha abençoado sua vida, como a começar em mim!

 

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