Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo. Êxodo 20.17

Os deveres exigidos no décimo e último mandamento são um contentamento pleno com a nossa condição particular e uma disposição em cooperar para o bem de nosso próximo (Filipenses 4.11 e Jó 31.29). Este contentamento significa aceitar as bênçãos que possuímos sem murmurar, sem se queixar ou invejar a prosperidade dos outros, sabendo que tanto uma quanto a outra são originadas da providência divina.

O contentamento não implica que seja errado tentar mudar ou melhorar nossas condições de vida, desde que não percamos o foco que isso deve ser feito para a glória de Deus.

Outro aspecto do mandamento é ter sempre alegria e gratidão pelo bem-estar do próximo, como se fosse o nosso próprio (1 Coríntios 13.4-7). Nossos corações pecaminosos são demasiadamente egoístas e tendentes a invejar e a cobiçar o bem e a felicidade dos outros. Somente através da graça de Deus podemos começar a amar o nosso próximo como a nós mesmos.

Os pecados proibidos no décimo mandamento são o descontentamento com o nosso estado (1 Coríntios 10.10), a inveja (Gálatas 5.26) e a tristeza por causa do bem de nosso próximo (Salmo 112.9-10).

Violamos esta ordenança por qualquer sentimento e afeição desordenado para com alguma coisa do nosso próximo. É errado desejar aquilo que pertence aos outros, não apenas por ações exteriores, mas também por pensamentos, desejos e atitudes mentais pecaminosas.

Esta série de estudos foi produzida através de pesquisa na obra Catecismo Maior de Westminster Comentado, de Johannes Geerhardus Vos.

Numa próxima oportunidade, faremos um passeio pela vida e doutrina dos pais da Igreja. Até lá, com a graça de Deus!

Comente!