Os israelitas levaram para Samaria duzentos mil prisioneiros dentre os seus parentes, incluindo mulheres, meninos e meninas. Também levaram muitos despojos.
Mas um profeta do Senhor, chamado Odede, estava em Samaria e saiu ao encontro do exército. Ele lhes disse: “Estando irado contra Judá, o Senhor, o Deus dos seus antepassados, entregou-os nas mãos de vocês. Mas a fúria com que vocês os mataram chegou aos céus.
E agora ainda pretendem escravizar homens e mulheres de Judá e de Jerusalém. Vocês também não são culpados de pecados contra o Senhor, o seu Deus?
Agora, ouçam-me! Mandem de volta seus irmãos que vocês fizeram prisioneiros, pois o fogo da ira do Senhor está sobre vocês”.
2 Crônicas 28:8-11
Quando Salomão, rei de Israel e filho de Davi, já estava velho, pecou grandemente contra o Senhor, o que fez com que Ele se irasse. Aprouve ao Senhor, então, dividir o reino de Israel em dois: Israel, que nós costumamos chamar de “Reino do Norte”, e Judá, que chamamos de “Reino do Sul”, obviamente por motivos geográficos. Os reinados que se seguiram (em sua maioria) foram bem desastrosos. No caso em questão, Israel, juntamente com o rei da Síria, pelejou contra Judá. Pelo desprezo e desobediência de Judá ao Senhor, Ele os entregou nas mãos de Israel e da Síria. Parte do povo de Judá foi levada presa pelos seus irmãos, Israel, para serem feitos escravos. O resultado foi a profetada da parte do Senhor descrita no texto.
Quando li esta passagem, o que mais me saltou aos olhos foi: O próprio Deus entregou o povo de Judá para castigá-los pelos seus pecados; porém, o povo de Israel abusou desta concessão dada por Deus e se agradou de oprimir os seus irmãos, e de levá-los como cativos. Deus interrompeu imediatamente esta ação. Por quê? Porque Israel estava agindo por mal. Haviam se esquecido do Senhor e não perceberam que, se o Senhor punia Judá naquele momento pela sua rebeldia, eles não eram dignos de serem os instrumentos para tal, porque eram tão rebeldes e obstinados como os outros, seus próprios irmãos!
Quão grande cegueira! Israel não conseguiu compreender que eram tão povo de Deus como Judá, sob a mesma aliança e as mesmas responsabilidades, gozando das mesmas bênçãos das mãos do Guarda de Israel.
Me faz pensar no quanto nós, povo de Deus, inúmeras vezes nos levantamos contra nossos irmãos em demandas desnecessárias, julgando estarmos certos por reivindicar direitos que, à nossa vista, parecem ser nossos. Quantas vezes nos sentimos superiores aos nossos irmãos, ou sentirmos prazer em subjulgá-los para nos sentirmos maiores? Será que nós não compreendemos que, perante Deus, somos todos, de igual forma, indignos e salvos apenas pelo sangue de Cristo? O Senhor deseja que sejamos misericordiosos, principalmente com os da fé. Há muitas ressalvas, no sentido de que ser misericordioso não é abandonar a exortação, ou deixar a pessoa ao léu. Mas, quando colocados pelo Senhor diante de uma situação semelhante à que Israel passou, que sejamos compassivos e não nos julguemos melhores e dignos de contender com nosso próximo. Lembremo-nos que, assim como o Senhor nos defende, também é o refúgio do nosso irmão. Precisamos andar juntos porque somos Corpo de Cristo, nação eleita de Deus.
Vivemos em um mundo bastante polarizado. Esquerda × direita, nordestinos × sulistas, conservadores × liberais, arminianos × calvinistas. Talvez estejamos focados mais no que nos separa do que o que nos une: Cristo, tudo em todos (Colossenses 3.11).
A graça do Senhor seja sobre nós. Produza frutos!
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