Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.
1 Timóteo 6.9,10

Dinheiro sempre é visto como a solução de todas as coisas. Normalmente, pensamos que é aquele em quem podemos confiar, aquele que não nos desaponta. Porém, eu convido você a tentar enxergar comigo através da Palavra como ele pode ser um grande problema.

Sabemos que somos filhos de Adão e que herdamos dele a sua inabilidade moral, ou seja, a sua incapacidade de fazer o bem. Se Deus não agisse em nós, encontraríamos em nós mesmos toda sorte de males sem qualquer restrição para que se manifestassem (Mateus 15.19). Mas, então, Cristo vem e nos resgata desse estado, dando significado ao nosso existir. Mas também sabemos que essa obra não opera perfeição em nós ainda nesta vida. Somos pecadores (1 João 1.6), pois ainda somos filhos de Adão. Assim, temos uma grande aptidão para tornar coisas boas em más; o certo no errado.

Posto isto, é preciso dizer que o dinheiro não é inerentemente mal, ou seja, não há algo no dinheiro em si que o torna contrário à vida santa. Na realidade, o problema é que nós, humanos, o desvirtuamos, porque o vemos como algo maior do que ele realmente é, e isto tira o seu propósito.

O homem tem o costume de ver o dinheiro como um facilitador para tudo. Através do dinheiro, as pessoas conseguem “amigos”, beleza, status, fama, poder, sexo… e mais um monte de coisas prazerosas. E por que gostamos tanto disso? Lá em Gênesis 3.5 temos a resposta. Quando a serpente tenta Eva para que ela coma o fruto proibido, a seduz dizendo: “Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal”. Eva foi atraída por estar na posição de Deus, conhecer o bem e o mal e determiná-lo. O homem natural, pecador, carrega consigo o mesmo impulso: o desejo de determinar o que é o certo e o que é o errado, de maneira que não precisa se submeter às regras de ninguém, nem do próprio Deus. O homem quer ser o seu próprio deus, imaginando ter nisso a sua liberdade, sem perceber, no entanto, que constrói sua própria prisão.

Porém, um pouco antes de Eva ter mordido a maçã o fruto, em Gênesis 1.27,  temos o relato de que Deus criou homem e mulher à sua imagem. O real significado da nossa vida é aprendermos de Deus as suas obras e reproduzi-las, sendo e transmitindo a sua imagem ao mundo. O Senhor é o nosso verdadeiro provedor, muito superior à soma de todos os bitcoins que você puder imaginar. O dinheiro é instável; o Senhor é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hebreus 13.8).

Percebe que é uma tolice descansar nas riquezas, confiar nelas e viver por elas? Percebe o quanto é tolo buscar nos prazeres terrenos que elas podem dar, sem se preocupar com o real significado da vida? Um dia você vai morrer, e todos os bens pelos quais você tem batalhado ficarão para quem (Lucas 12.20)? Vai ter valido a pena?

É óbvio que não é errado buscar ter melhores condições, ou um melhor emprego. O problema é dedicar-se ao dinheiro de tal forma que se esquece de que existe Deus e que Ele é acima de você. Difícil é manter a sobriedade.

Reflita, pois é para Cristo que tudo foi feito (Romanos 11.36). Ele é o Senhor, e não você, não eu. Não busque sua própria glória. Não tente determinar o que é bom e o que é mal de si mesmo. Não morda essa maçã.

Forte abraço,
Lucas

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