Há muito barulho em nosso cotidiano e pouco silêncio buscado, apreciado e curtido.

Chegamos em casa e ligamos a TV; entramos no carro e ligamos o som; pegamos o celular e colocamos uma música; passamos o dia ouvindo todos e terminamos escutando ninguém.

O silêncio indelicadamente nos prepara à enfrentar os pensamentos turbulentos e a lidar com os mesmos. Mas, muitas vezes, voltamos aos “velhos” ruídos que abafam os problemas e, por mais um dia, postergamos ponderações importantes.

Nossa sociedade contemporânea tem dificuldade em silenciar. Estamos acostumados a ouvir, ouvir, ouvir e pouquíssimas vezes, paramos para refletir de fato àquilo que tem constantemente permeado nossa mente e nossas ações.

Nesta correria frenética, a voz do Bom Pastor é abafada com tantas distrações. É preciso silenciar-nos. Emudecer os ruídos externos, para que aquilo que está no nosso íntimo, possa ser externalizado em palavras audíveis ou escritas ao outro.

 

Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma. Como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, assim é a minha alma dentro de mim.

Salmos 131:2

 

Saber ouvir e saber calar: nisto consiste o supremo valor do silêncio.
Ouvir, silenciar, pensar, falar, silenciar e pensar outra vez evitaria muita coisa dita em vão.
Por falar apenas e pouco pensar, pessoas cometem erros difíceis de reparar depois.
E por ouvir tanto menos do que pensam, piores erros cometem ainda…

Augusto Branco

 

É no silenciar que de repente os ruídos se vão.

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