Agar foi uma serva de Sarai. Sua história começa a ser contada em Gênesis 16. Essa é uma serva que foi usada por sua senhora para dar um filho a ela e seu marido, Abrão. Essa ação gera uma série de conflitos nessa família, e Agar foge por estar sendo maltratada.

Quem a encontra é o Anjo do Senhor, bem no meio do deserto, perto de uma fonte de água (Gn 16.7).

Uma serva, fora de sua terra original, grávida e desprezada. Quanto sofrimento essa moça enfrentava. Ela estava perdida e desamparada. Quantas vezes não nos sentimos assim? Ainda assim o Senhor a encontra. Esse Anjo pede que ela volte a sua senhora e se humilhe, e lhe faz promessas sobre uma descendência muito grande (Gn 16.10).

A reação de Agar ao cuidado do Senhor em enviar um anjo para encontra-la, lhe dar um norte e fazer promessas é muito bela. Ela reage: “Então, ela invocou o nome do Senhor, que lhe falava: Tu és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê?”. (Gn 16.13).

Ela invoca o nome do Senhor! Esse é o primeiro passo para nós em nossas angústias. E qual o nome pelo qual ela chama esse anjo? “Tu és Deus que vê”. Meus irmãos leitores, talvez vocês estejam enfrentando um deserto nesse momento. Mas tenha certeza que ele te vê. Pois ele é Deus que vê.

O fato de ela chamar esse anjo de Deus nos mostra que esse anjo era o Senhor Jesus Cristo, o mensageiro de Deus por excelência, em uma de suas várias aparições no Velho testamento. O senhor Jesus foi ao encontro de uma serva desprezada. Ele se preocupa com os desprezados pois Ele mesmo foi desamparado na cruz.

Agar diz ainda mais: “Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê” (Gn 16.13). Ela olhou a face daquele que a via. Ela teve um vislumbre do seu rosto, de sua revelação. Oh, que como Agar, possamos olhar o rosto do Senhor ao nos sentir perdidos, desprezados e desamparados. Temos um Senhor que se preocupa conosco. Olhemos para o rosto daquele que nos vê. Ele nos vê no íntimo, ele nos conhece. Contemplemos o seu rosto. Que o olhar seja recíproco!

Para terminar, Agar chama aquele poço de “Por isso, aquele poço se chama Beer-Laai-Roi” (Gn 16.14). O significado desse nome é “o poço daquele que vive e me vê”.

Ele vive e nos vê! Ele pode nos dar água celestial, que nos cura e restaura. Que possamos olhar para o rosto daquele que nos vê, o Senhor Jesus, e ver seu amor, sua compaixão, sua graça, sua simpatia para com nossos sofrimentos, suas promessas e tudo mais que nele há. Ele é a resposta para tudo. Que Deus nos ajude!

Comente!