Tranquilidade, galera? No post anterior falamos um pouco sobre cristãos que se julgam extremamente espirituais em suas atitudes de oração e boas obras. Agora é a vez de tratar daqueles que decidiram não crescer na fé, por puro comodismo.

Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça porque é criança. Hebreus 5.12-13

Vamos ao exemplo. A pessoa culpa outro cristão (geralmente a acusação cai em cima de um líder ou pastor) por sua própria deficiência espiritual. “Não gosto de ler a Bíblia e orar porque Fulano não faz mais isso comigo.”, “Não fui à igreja porque não me chamaram como sempre fazem”, “Não participo de tal ministério porque ninguém cuida de mim lá”, “Não tenho como mudar meio jeito de agir porque desde antes de me converter faço as coisas assim”. Todas essas são afirmações típicas de quem não quer muita coisa com Deus porque prefere continuar engatinhando na fé.

Paulo fala que a imaturidade espiritual é consequência da carnalidade (1 Coríntios 3.2). Faz sentido, já que esse tipo de cristão prefere jogar a responsabilidade para outros pela vida espiritual mal trabalhada em vez detectar as falhas e tentar consertar os próprios erros.

Jesus ensinou sim que devemos nos tornar como crianças (Mateus 18.3). Mas isso diz respeito a aprender a ter dependência de Deus em todos os aspectos da vida, e não a dar dor de cabeça para os outros depois de muitos e muitos anos de conversão.

É certo que a vida cristã não é moleza. O Senhor nos alertou disso trazendo até uma palavra de consolo (João 16.33). Se Ele falou a respeito das provas, certamente é porque desejava que passássemos por elas. Não vemos Jesus incentivando os discípulos a manterem o status quo, isto é, o estado inicial em que eles foram encontrados antes de conhecer a figura do Messias.

Algo que vale para a gente também. Não podemos puxar o freio de nosso crescimento espiritual. É uma atividade progressiva (Filipenses 3.12) que deve ser levada até que: a) o Senhor nos recolha; ou b) Ele retorne. As duas opções nos remetem a continuar agindo no sentido de buscar conhecer mais a Deus.

Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. 2 Pedro 1.5-8

Semana abençoada, em nome de Jesus. Abração!

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