Filipenses 4

Fala, meu povo!

Hoje encerramos os nossos posts sobre o livro de Filipenses que temos lançado às quartas. Caso você tenha perdido, estes são os posts passados, separados por capítulos:

Filipenses 1
Filipenses 2
Filipenses 3

Prossigamos com o capítulo 4.

• Alegria

Filipenses é a carta da alegria. Se vocês repararem, em todos os posts passados ressaltamos pontos sobre ela, porque o apóstolo Paulo está continuamente falando disso. No verso 4, encontramos o mais famoso verso deste assunto:

Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se!
Filipenses 4:4

Por todo o livro, somos motivados a cultivarmos alegria em Deus, independentemente das circunstâncias terrenas pelas quais passamos. Se temos o Senhor, temos tudo. Essa ideia é bastante reforçada neste trecho, veja só:

Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece.
Filipenses 4:12,13

Preste bastante atenção. O “tudo posso naquele me fortalece” está dentro de um contexto. Paulo agradece aos filipenses por terem enviado ajuda financeira a ele. Ressalta que fica alegre pelo cuidado dos irmãos, porque este é um fruto do Evangelho neles e não em razão de necessidades, o que ele explica no texto acima. Veja, então, que não é um chamado de Deus pra você manifestar a sua força. Não é um mantra que você deve evocar toda vez pra conquistar os seus sonhos. Deus pode não querer um sonho seu e não te fortalecer pra conquistá-lo. Afinal, não é essa a ideia. É um lembrete de que Deus te ampara em todas as suas aflições, te fortalecendo pra que você passe pelas dificuldades que surgirem.

• Ansiedade

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.
Filipenses 4:6,7

Este texto é sensacional. Guarda uma promessa riquíssima que constantemente desprezamos.

Deus nos instrui aqui, por meio de Paulo, a recorrermos a ele quando nosso coração estiver ansioso. Devemos fazer súplicas a Ele em oração, abrindo nosso coração, pedindo socorro. Deus tem prazer em ajudar os seus filhos, saiba disso. E assim Ele faz, porque sabe o que é melhor pra nós, ainda que nós mesmos não saibamos. Então, com ações de graças (agradecimentos), lançamos nossas ansiedades diante dEle. E aí o que acontece? Uma paz, que nenhuma mente consegue compreender na racionalidade, preenche o nosso coração.

O nosso polipátrida conta uma história de que, perto de se casar, perdeu o emprego, porque a empresa estava mal das pernas e teve que cortar gastos. O que a razão supõe? Que a reação deve ser: “Caaaaara, e agora??? Eu tô de casamento marcado!! O que eu vou fazer???? Lascou tudo”, e talvez houvesse até uns xingamentos ao chefe. Mas o chileno simplesmente confiou no Senhor, disse “Se precisar de mim, estou aqui até o fim do dia”, e descansou (não morreu, só ficou tranquilo).

Este é um exemplo da paz de Cristo, que excede o entendimento.

• Enchendo a mente de Deus

Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.
Filipenses 4:8

Ao invés de ficarmos com a mente vazia por aí, Cristo nos chama para a ocuparmos com tudo que é santo. Quando nossa mente não é inundada de Deus, podemos ter sérios problemas, porque nos esquecemos facilmente da verdade do Evangelho. Nossa mente é muito volátil, e precisamos lembrar a nós mesmos das mesmas coisas sempre. Falo um pouco desse assunto neste post aqui, caso queira dar uma lida.

Por fim, irmãos, Paulo nos instrui:

Tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim, ponham-no em prática. E o Deus da paz estará com vocês.
Filipenses 4:9

Isto não é o apóstolo se exaltando. Ele sabia que era pecador (1 Tm 1.15), mas sabia que a graça de Deus era com ele. Assim, este é um convite para que os filipenses vivam o Evangelho, e este convite é estendido a nós. Ponhamos em prática o que de Deus aprendemos, para que Ele viva por meio de nós e glorifiquemos o Seu nome. Este é o objetivo, que produzamos frutos.

Esta é a maravilha de Filipenses, irmãos.

Encerro como Paulo encerra a carta: