Nós já estávamos noivos, pelo fato de termos marcado a data do casamento, e também pelo nível de compromisso. Mas, porem, todavia, entretanto, ainda não tínhamos as alianças. De algum modo eu sabia que elas iam vir, Deus sabia o significado disso pra mim. Não quero dizer, que se nós mesmos comprássemos, as alianças não teriam valor. Mas é que algumas coisas só você e Deus sabem e isso basta. E elas vieram. Juro pra vocês, que eu e minha cabeça pensante havíamos imaginado umas mil possibilidades de como elas chegariam, mil e uma pessoas que poderiam nos presentear e tudo mais. Errei todos os palpites, ganhamos de uma amiga nossa missionária (que vive na mesma situação que a gente), fiquei boquiaberta. Elas são exatamente do jeito que imaginávamos, ate mais bonitas! Deus é bom!
Mas isso NÃO é tudo pessoal, hehe. No dia que as alianças chegaram, eu e o Rafa estávamos a todo vapor, na maior correria do Encontrart, que é o congresso de artes promovido pelo nosso ministério todo ano no mês de julho. Ele, dando aula, e eu editando vídeos. Por mais que eu seja bem desapegada de cerimônias, eu queria no mínimo que nosso líder, Caíque, orasse e ungisse as alianças antes da gente usar. Falei pro Rafa conversar com ele e decidir o melhor momento pra isso. No comecinho da noite, que era quando a gente tinha um tempinho pra conversar, jantar e etc, eu já fui logo perguntar “e ai amor, falou com o Caíque?”. Ele respondeu super desencanado “Ah ainda não… o dia foi cansativo pra mim, depois a gente vê esse negocio.”
Meninas do meu Brasil, entendam a tristeza furiosa e decepcionada de uma noiva nesse momento. Eu fiquei muito mal, não tinha como ele ser um pouquinho menos insensível? Naquela noite nós iríamos apresentar nossa peça “A Senha” onde ele faz o clown Pastilha, que é um dos personagens principais, e eu faço a sanfoneira, que contracena com ele numa cena. Eu fiquei de cara feia todo o tempo, me maquiando, me trocando, esperando minha hora de entrar. E claro, com muita raiva no coração, haha. Quem já assistiu a peça sabe que tem um momento da peça que os clowns simulam um casamento. Nesse momento, passou pela minha cabeça uma possibilidade. No auge da minha raiva, tentando incorporar a doçura inocente da minha personagem pra esquecer a decepção do dia, eu penso: “Puxa… se ele fosse sensível ele bem que podia fazer uma surpresa pra mim no meio da peça né.. tem a deixa do casamento. É… mas ele não vai fazer nada não, não ta nem aí” Buáááá quanto drama! Hahaha
Por fim.. lá estava eu só esperando meu momento de entrar em cena quando sou surpreendida por essa cena, vejam:
Como vocês podem ver na descrição do próprio link, eu estava tão decepcionada, que quando aconteceu isso eu fiquei em choque. Não pude deixar de pedir perdão a ele depois, por tudo que pensei e falei dele. Mas é que eu não sabia que o teatro já tinha começado fora de cena né… Ele me enrolou muito bem, me convenceu de que era um insensível mesmo.
É isso! Peço perdão pela minha ausência no blog, mas posso dizer que estou muito feliz com esse meu novo estilo de vida. O preço é alto, é difícil ficar longe de casa, é difícil renunciar tudo, mas a recompensa é incomparável, vidas se rendendo ao Senhor e o nome dEle sendo conhecido. Peço que orem por nós, o Rafa já está em Angola com uma parte da equipe da “A Senha” e eu e mais algumas pessoas estamos indo agora nesse mês. Só não fomos ainda por problemas com documentação que já estão se resolvendo. Deus é bom! Em muitas de nossas viagens com o Jeová Nissi pelo Brasil, e até mesmo no Encontrart, várias pessoas vieram me procurar pra falar do blog e eu fico muito feliz com essa repercussão maravilhosa da Palavra e da comunhão que tem gerado!
Deixo vocês com mais um vídeo, do nosso “save the date” pra compensar a minha ausência, heheh
Saibam que leio todos os comentários, ainda que não esteja conseguindo responder.. Fiquem firmes em Deus, e lembrem-se de que devemos ser como cartas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens … (Hb.10.23-24) Vigiem sempre e foco na missão!
Um beijo, paz!
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