Não há nada com que se possa comparar a nossa conversão em Cristo, não é mesmo? Nem dinheiro, fama, bens materiais, sucesso ou poder pode tirar o brilho da maravilhosa obra de Deus em nós: Ele nos deu vida! Mas, você lembra quando tudo isso aconteceu? Não me refiro apenas ao momento em que você, certamente, estendeu a mão para declarar que reconhecia todas as suas limitações e insuficiência para alcançar a salvação por méritos próprios, porém ao agir contínuo e gradual do trabalho do Espírito Santo.

Acredito que um dos grandes impasses da atualidade se concentra em um fenômeno que muitos têm denominado de reducionismo do evangelho. E o que seria isso? Basicamente, uma vida dita “cristã” imersa em superficialidade em função dos achismos que estão fora da Palavra de Deus. Sob essa perspectiva, podemos muitas vezes nos esquecer de quem éramos, quem podemos ser em Cristo e talvez o mais importante: o que Ele fez por nós. Nesse sentido, iniciamos aqui uma série que será distribuída em apenas dois textos que irão abordar de modo geral a nova vida do cristão, tendo em vista que é necessário recorrer sempre ao Evangelho, pois é o poder para a Salvação (Rm 1:16). Sem mais delongas, vamos ao texto:

E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o Príncipe das potestades, do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também, antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” Efésios 2:1-3.

Esse trecho me fez refletir bastante acerca da situação do homem sem Deus, pois era assim que estávamos. Provavelmente você conhece a história do apóstolo Paulo, escritor da epístola de Efésios, e sabe que todas as circunstâncias, dentre elas chegar a ser preso, contribuíram para glória e expansão das Boas Novas (Ef 3:8-13). Dessa forma, inicialmente é apresentado que Deus, através de seu filho Jesus Cristo, nos vivificou (v.1a). Agora, você pode me dizer: Ué, mas eu estou vivo! Eis aqui uma inferência de um possível pensamento de alguns irmãos de Éfeso ou nosso. Meu caro, viver sem Cristo não é viver. Você pode até ter uma vida biologicamente falando, no entanto, se você não se render em verdade e em espírito à suficiência do Pai, estará morto em relação a Ele. (Infelizmente…. ) Diante disso, qual é mesmo a condição do homem sem Deus? A bíblia responde!

MORTO EM OFENSAS E PECADOS (v.1b)

Todos nós, como pecadores (Rm 3:23a) precisamos recordar que o salário do pecado é a morte. Ah, mas nunca matei e nem roubei. Veja bem, pecado nada mais é do que errar o alvo e esse alvo é Cristo, uma vez que Adão e Eva – nossos ancestrais – quebraram o relacionamento com o Senhor ao infringir sua lei (Gen 3), nós também não obedecemos, não seguimos sua a vontade e muito menos o glorificamos, ou seja, pecamos. Através disso, pode-se dizer que veio a morte natural e espiritual que se refere ao afastamento do Pai. De fato, essa realidade é horrível, porque não pecamos contra nós mesmos, mas contra um Deus que é Santo (Sl 51:4). No entanto, vale ressaltar que o dom gratuito dEle é a vida eterna (Rm 3:23b)

ANDA SEGUNDO O MUNDO, PRÍNCIPE DAS POTESTADES E A CARNE (v.2-3).

É interessante aqui que o verbo andar representa um modo de vida e a maneira que somos influenciados pelo que nos rodeia. Por exemplo, o mundo remete as pessoas que regem a sociedade e impõem suas filosofias de impiedade ao seguir suas vontades e não a Palavra. Já o príncipe das potestades e a carne nos levam à imagem do pai da desobediência que é satanás, haja vista que ele cegou o entendimento de muitos nessa terra (2 Co 4:4) fazendo com que a obra da carne, que é a vontade do “eu”, se manifeste de maneira contrária à santidade, pois são opostos (Gl 5:17). Nesse contexto, a situação do homem parece mais com a de um escravo preso às coisas que o afastam de Deus e o mortifica.

FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA E DA IRA (v.2-3).

Independentemente do que se faz ou deixa de fazer, somos, ou melhor, éramos filhos da desobediência ou da ira porque fomos concebidos no pecado e nascemos pecadores, como aponta o versículo:

Eis que, em iniquidade fui formado; e em pecado me concebeu minha mãe” Sl 51:5

Além disso, como Deus é justo (Dt 32:4), Ele se ira (Sl 7:11) com os que pecam (Sl 5:5). O quê? Como assim? Mas, Deus não é amor como pode se irar com alguém? Da mesma forma que Ele é 100% de amor, Ele também é 100% de Justiça. O engraçado é que na maioria das vezes costumamos olhar só para o lado da moeda que mais nos agrada, no entanto não deve ser assim. Busque, portanto, entender TODO o conhecimento divino para sua vida, mesmo que pareça ser alto demais (Sl 139:6) para atingir, só assim tudo será esclarecido por Cristo quando te Ele te levantar dentre os mortos (Ef 5:17). Amém?

Espero sinceramente que Deus tenha abençoado a sua leitura, pois o propósito deste texto foi recapitular sobre a nossa antiga situação! Toda honra e glória é para aquEle que nos trouxe da Morte para Vida e nos vivificou para o seu engrandecimento. Além disso, que você possa ter o discernimento necessário para NÃO continuar nas práticas antigas, mas que encontre esperança ao viver em Cristo pela Palavra.

Graça, Paz e um abraço carinhoso,

Leonardo Gleygson 🙂

 

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