O primeiro capítulo de João narra o pré-ministério público de Jesus. Isso porque o Messias ainda não havia aparecido como João Batista havia anunciado, até que é batizado pelo próprio João, que tinha discípulos àquela época. A Escritura nos conta que dois deles seguiram Jesus um dia depois de seu batismo; André, irmão de Pedro, foi além: queria saber mais sobre a vida de Jesus e prontamente lhe perguntou onde morava. Jesus, sem qualquer cerimônia, lhes convida: “venham e vejam!” (v.39) E ali passaram a tarde/noite com o mestre.

No dia seguinte, na Galileia, foi a vez de Filipe e Natanael encontrarem Jesus. O primeiro respondeu prontamente a ordem e o seguiu. Enquanto André comunicou Pedro, Filipe vai a Natanael para contar a ele apressadamente quem era o autor daquela ordem: “venha e veja” (v. 46) Interessante como os verbos são os mesmos, mas os contextos, o sentido e os autores são diferentes.

A primeira ocasião mostra a hospitalidade de Jesus, a capacidade de receber em sua casa sem estabelecer condições, certamente sem alertar “só não repara a bagunça”, ou “hoje não dá, fica pra próxima”. Jesus priorizou os relacionamentos pessoais e já no fim da tarde não se importou com o ousado pedido de André.

A segunda ocorrência marca a convicção de Filipe em relação à essência messiânica de Jesus diante da desconfiança de Natanael: “Nazaré! Pode alguma coisa boa vir de Nazaré?” Assertivo, Filipe lança palavras convictas sobre aquele com quem havia falado e, àquela altura, era, também, seu mestre.

As duas oportunidades tiveram como consequência outros dois discípulos. Por vezes, seja para expressar hospitalidade ou convicção, precisamos dizer: “venha e veja” para apresentar o Rabi, o Messias, o filho de José.

Comente!