João nos diz em seu evangelho que o profeta Isaías viu a glória de Cristo e falou a respeito dEle (Jo 12.41). Certamente todo livro de Isaías fala de alguma forma de Jesus, pois toda a escritura testifica dEle (Jo 5.39). T.A. Sparks explica que: “Em nossa leitura da palavra de Deus… a questão que deve sempre estar em nossa mente é ‘como isto se relaciona com Cristo?’… Embora você tenha dificuldade de traça-lo algumas vezes, ainda assim, Ele está ali. O efeito cumulativo de todas as partes da bíblia é trazer-te até Cristo”. Entretanto, gostaria de citar nesse pequeno texto somente três ocasiões do livro de Isaías nos quais aspectos diferentes da glória de Cristo ficaram nítidos.

O primeiro texto que nos mostra algo da glória de Cristo que gostaria de citar está em Isaías 53. Ele é visto neste capítulo como o servo sofredor, o homem de dores que sabe o que é padecer (Is 53.2). Ali Ele também é visto como o cordeiro de Deus, que seria morto pelos nossos pecados. “Ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados” (Is 53.5). Podemos concluir então que a glória da humildade e dos sofrimentos de Cristo é vista nesse texto. Esta é a base de toda obra da redenção: Cristo morrendo e sofrendo por nós na cruz do calvário! Louvado seja o cordeiro!

Em Isaías 11 mais uma faceta da glória de Cristo é revelada. Ali nós vemos Cristo como o homem que é totalmente cheio do Espírito Santo em todos os aspectos possíveis. A plena excelência da unção do Espirito Santo sobre Ele é ali revelada. Lemos que: “O Espírito do Senhor repousará sobre ele, o Espírito que dá sabedoria e entendimento, o Espírito que traz conselho e poder, o Espírito que dá conhecimento e temor do Senhor”. Como resultado desse derramar do Espírito Santo, temos que Jesus se “deleitou no temor do Senhor” (Is 11.3). Seu prazer era a obediência e reverência ao seu Pai. Quão glorioso é esse Senhor, totalmente cheio do Espírito em todos os interstícios do Seu ser. Aqui, a glória da plenitude do Espírito Santo sobre Cristo é vista. Bendito seja Ele!

Por fim, no primeiro versículo do sexto capítulo do livro de Isaías está escrito: “No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor assentado num trono alto e exaltado, e a aba de sua veste enchia o templo” (Is 6.1). Que visão gloriosa a de Isaías! Um trono alto e exaltado! E quem se assenta nesse trono é o Senhor Jesus ressurreto. É o mesmo homem de Nazaré após ter sido glorificado e “elevado às alturas” (At 1.2). Ali, ao adentrar nos céus, Ele se assentou à destra de Deus e agora reina em glória e majestade. Há tanto para se dizer dessa passagem, mas, ao mesmo tempo, nos parece que as palavras são insuficientes. Talvez a reação mais adequada seja a mesma dos anjos que estavam próximos ao trono, que clamaram: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6.3).  Aquele que morreu por nós, que nos ama, que é nosso amigo, está na posição mais elevada do universo. Vemos então nesses versículos a exibição da glória de sua Majestade. Glorificado seja seu nome!

Apesar da ordem dos capítulos aqui apresentados ser decrescente (capítulos 53, 11 e 6) vemos uma nota crescente de manifestação de glória nas passagens analisadas. O homem que sofreu em agonia na cruz era um homem plenamente cheio do Espírito Santo e obediente a Deus Pai. E esse mesmo homem está assentando à destra de Deus, no elevado, exaltado e sublime trono de glória. Existe um hino que fala sobre esse homem e diz: “Ele é uma pessoa maravilhosa”. Que este seja nosso sentimento! Que pessoa maravilhosa é o Senhor Jesus!

Isaías viu a glória de Cristo e falou a respeito dEle (Jo 12.41). Que possamos, assim como o profeta, ver, provar e falar dessa glória.

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