Graça e paz. Uma história que sempre nos chama atenção na Bíblia é o livro do profeta Jonas. Teria ele alguma veracidade? Para alguns estudiosos bíblicos, este relato tem apenas um valor de caráter didático, em estilo de parábola, não devendo ser interpretado como um acontecimento literal.
Porém, a historicidade do livro de Jonas se comprova com 2 Reis 14.25 e pela referência a Jonas feita pelo próprio Senhor Jesus em Mateus 12.39-41.
Restabeleceu ele os limites de Israel, desde a entrada de Hamate até ao mar da Planície, segundo a palavra do Senhor, Deus de Israel, a qual falara por intermédio de seu servo Jonas, filho de Amitai, o profeta, o qual era de Gate-Hefer. 2 Reis 14.25
Ele [Jesus], porém, respondeu: Uma geração má e adúltera pede um sinal; mas nenhum sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas. Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra. Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas. Mateus 12.39-41
Trata-se, portanto, de um livro que trata de acontecimentos reais vividos pelo profeta.
Outro ponto que gera discussão é a respeito da criatura marinha que engolira Jonas durante a narrativa bíblica.
Deparou o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe. Jonas 1.17
Para os que acreditam no relato literal do “grande peixe” (inclusive eu mesmo), resta a procura de identificar que espécie de ser marinho seria. Para alguns teria sido um cachalote, para outros, seria um grande tubarão-branco. Recentemente, foi sugerido um outro candidato – o tubarão-baleia.
Há uma única referência bíblica em que diz que Jonas esteve no ventre de uma baleia. No texto grego do Evangelho de Mateus, especifica-se que foi este tipo de mamífero que engoliu o profeta.
Contudo, no texto original em hebraico do livro profético, há menção de um “peixe grande” que tragara aquele homem. Se realmente houvesse sido uma baleia a autora de tal proeza, creio que o escritor do livro de Jonas (o próprio profeta) teria se utilizado da expressão que simboliza “baleia” em meio a todo Antigo Testamento, a saber, “monstro marinho” – consulte Gênesis 1.21, Jó 7.12 e Ezequiel 32.2.
Qual motivo para Mateus ter usado o termo “baleia”, em algumas versões bíblicas? Algum erro de tradução, pois a palavra grega utilizada (ketos) pode significar “monstro marinho”, “peixe gigante” ou “baleia”. Talvez tenham preferido o último termo para facilitar a acepção da ideia de um ser humano ser engolido por algum animal marinho de grande porte.
Depois de tantas informações, sabe o que nos basta saber? Deus criou o mundo, criou o mar, criou Jonas, criou uma criatura marinha capaz de engoli-lo, preservou sua vida, poupou a cidade de Nínive e deseja que não nos espantemos com a grandiosidade de Seus feitos.
Ah! Senhor Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o Teu grande poder e com o Teu braço estendido; coisa alguma Te é demasiadamente maravilhosa. Jeremias 32.17
Semana abençoada, em nome de Jesus. Abração!
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