Oi gente! Fiquei bem feliz com a repercussão do post semana passada, a série ficou pulsando de alegria pela recepção calorosa de vocês, e hoje vem com tudo!
Meninas, eu sei que vocês ficaram felizes pelo fato de ter uma historia de amor agora contada por uma de vcs, mas a primeira parte da historia quem vai contar é o Rafa. Se é pra ser do começo, será BEM do começo. De como nós estávamos antes de nos conhecer. Hoje é a vez dele. (Ele é cavalheiro viu gente, ele abriria mão do primeiro capítulo pra mim, mas eu senti que seria bem legal abrindo com a história dele que fala muito de cura, e sei que muitos meninos e meninas precisam acreditar que isso é real antes de viverem um romance)


“…mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu“ Romanos 5:3-5
“Depois disso voltarei e reconstruirei a tenda caída de Davi, Reedificarei as suas ruínas, e a restaurarei, para que o restante dos homens busque o Senhor  e todos os gentios sobre os quais tem sido invocado meu nome” Atos 15:16,17

Oi pessoal! Meu nome é Rafael, tenho 25 anos e a maneira como estou hoje nem de brincadeira se compara como eu estava há 2 anos atrás. Antes de qualquer coisa gostaria de dizer que esse testemunho não está aqui por outro motivo que não seja engrandecer a Deus e a grande construção que Ele tem realizado na minha vida, através das ruínas. Eu jamais imaginei que elas pudessem servir pra alguma coisa que não fosse machucar a mim mesmo. A intenção não é expor ninguém, até mesmo alguém que eu cite enquanto conto minha história. O Deus que me restaurou pode fazer isso na história de qualquer um, basta buscar e querer. Então, vamos deixar o martelo pro Juiz e prosseguir com a história, a qual eu tenho todo o direito (e quase obrigação) de compartilhar.

Sentimentalmente falando eu nunca fui um adolescente que levava as meninas tão a sério quanto elas me levavam. Se eu nasci num lar cristão? Sim. Se eu tinha ministério? Sim. Mas eu brinquei com o sentimento de muitas meninas, semeava na carne mais do que no espírito e o resultado disso era corações partidos pelo caminho. Não tinha intenção disso, nem começava nenhum namoro planejando causar mal a nenhuma das meninas. Mas isso acontecia conseqüentemente, devido à nossa imaturidade e falta de sabedoria na Palavra. Graças a Deus pelo Seu perdão e restauração na minha vida.

Em um dos meus namoros sérios, que chegou a ser noivado, Deus, em sua vontade permissiva, fez com que eu parasse. Pois é, sei que até aqui muitos meninos já se identificaram comigo. Essa busca desenfreada por preencher o vazio da aceitação dentro de mim (com namoros imaturos) não poderia continuar. Deus usou um freio na minha vida, que me machucou muito, de tão brusco, mas hoje entendo que isso tudo era o amor protetor de um Pai que já não suportava mais ver seu filho fazendo besteiras. Esse freio foi permitir com que EU me decepcionasse. Não entendo como vingança do tipo “ah, vc plantou desilusão em muitas meninas, e aí Deus fez vc se desiludir pra sentir na pele”. Não. Eu acredito sim, na lei da semeadura, mas contando essa parte da história, hoje eu não consigo sentir a amargura de uma vingança, só sinto escorrer amor, cuidado, proteção de Deus na minha vida! Em 2009 eu tinha um casamento marcado. Fazia planos e sonhava como todo noivo. Preciso explicar pra vocês também a vida que eu levava (ainda levo) nesse tempo. Faço parte do ministério de teatro Jeová Nissi, que já tem + de 10 anos de existência, e que há 3 anos eu abracei integralmente. Sou portanto, um missionário/ator que vive mais na estrada do que em casa. Então não me pergunte onde eu moro, heheh, porque atualmente moro na minha mala ;O)
Continuando sobre o noivado e até então planejado casamento, tudo estava correndo bem, quando eu começo a perceber algo de estranho do lado de lá. Tentem entender que eu estava pilhado demais, o que é normal alguns meses antes de casar, e somem isso a distancia. Minha então noiva estava na cidade dela, com seus afazeres normais + os de noiva e eu na correria de estrada com o ministério. Pra abreviar um fato que não pretendo detalhar, vou direto ao assunto: faltando 5 meses para o casamento descobri, por ela, que estava sendo traído. Lá vai Deus puxando o freio de um carro que estava a cem por hora na direção que eu achava que era a certa. Planos frustrados. Zilhões de coisas chatas pra resolver. Ruínas. Escombros.

Quem já assistiu a peça “A Senha” que é a peça que atualmente eu e minha equipe fazemos por aí, sabe que o meu personagem (Palhaço Pastilha) passa também por uma desilusão amorosa. Mas não é um acaso, uma catástrofe. Na peça você pode perceber também que o personagem negocia princípios. “Que ironia”, você pensa, “o ator acabou que nem o personagem!” sim e não. Existem semelhanças na minha história com a história do Pastilha, porque ele negociou princípios, vendeu promessas, e se deu mal. Meu namoro com minha ex noiva não era santo, e isso foi algo que tentei maquiar por muito tempo. Antes de Deus puxar esse freio, Ele havia espalhado avisos pela estrada. Avisos para reduzir a velocidade, avisos de trajetos errados. E eu ignorei. Você que namora, sabe do que estou falando. Um namoro que é benção pode se tornar maldição quando a outra pessoa se torna primeiro lugar na sua vida. E também sabe da luta constante que é manter-se puro, como é necessário saber a hora de diminuir a velocidade de um carinho, a intensidade de uma conversa. Avisos ignorados igual a desobediência. Desobediência igual a precipício a alguns metros. O que Deus fez? Puxou o freio.

Foi um tempo de muito sofrimento, vontade de desistir e tudo mais. Qualquer um de vocês, se colocarem-se em meu lugar talvez vão entender um pouco do que senti.

Acreditei que Deus iria me curar, mas não acredito nem confio na minha carne. Por que eu digo isso? Porque somente eu e Deus sabemos o que passei nesse tempo. Então, estipulei com Deus no meu calendário humano um tempo só pra Ele me curar e creio que Ele agendou no calendário espiritual também. Eu ficaria UM ANO só cuidando da minha vida com Deus, me fortificando nele, focado. Coração fechado? Fechado pra balanço, aberto pra cura de Deus. É necessário tomar uma postura antes de Deus fazer algo. Acredite, Ele é o maior interessado em restaurar essa área da sua vida, mas Deus precisa primeiro do seu posicionamento. Então um mês após o inicio desse propósito de um ano, Ele marcou comigo um dia e um lugar pra me curar, e esse lugar foi Manaus. Através da vida de uma irmã abençoada, Ele despejou sobre todas as minhas feridas Suas palavras poderosas de cura, e como um cego desesperado para ver de novo, eu me alegrei com a saliva do mestre nos meus olhos. Pude ver novamente. Ver um futuro, ver esperança, ver um horizonte. Muitos não acreditam, mas Deus pode curar feridas de muito tempo num dia se Ele quiser, basta crer. Eu experimentei disso, e naquele dia eu fui limpo de toda amargura de uma vez por todas pra glória de Deus.

E houve cura, mas a cicatriz ficou lá por dois motivos: pra eu glorificar a Deus pela cura sempre que a visse, e também para que eu não me machucasse ali novamente. Naturalmente, eu queria me proteger, vigiar dobrado nessa área. Meio que cuidar do curativo entende? Me recuperar da freiada. Deus começaria nesse ano da consagração, sua reconstrução, usando os escombros/ruínas que me cercavam. O passado deixaria de ser barreira e passaria a ser degrau. Eu estava em obras, e aquEle que começou a boa obra na minha vida, também começaria uma surpresa agradável, eu mal podia acreditar no que estava por vir…

(tá perdido? leia a introdução da série AQUI)