É terça e para nossa alegria essa semana teve “chinela na cara de novo” aaeeeeehhh …não, pera.

Com frequência ouvimos ministrações em que a frase que dá título a esse texto é usada para dizer que precisamos abrir mão das nossas paixões mundanas, que o Senhor quer nos transformar continuamente a fim de que deixemos a nossa conduta de pecado e passemos a viver conforme a Sua vontade. Isso não está errado, mas creio que o “tudo” ali, quer dizer tudo mesmo e acho que pelo menos no que diz respeito a nós no Brasil, pode-se dizer que em sua maioria não sofremos a ponto desse “tudo” ser colocado em questão.

Graças a Deus temos o privilégio de viver em um país onde há liberdade religiosa. No entanto, essa liberdade que experimentamos “em nosso mundinho particular” por vezes nos faz esquecer daqueles que não dispõe da mesma liberdade.

No final de semana, assisti a um filme em que o pano de fundo era a missão de levar o evangelho a países onde a perseguição religiosa não era história, era presente. Era tão intenso que eu e meus amigos saímos atônitos, e eu sai também com o corpo todo dolorido. Os caras eram (e em verdade até hoje o são em muitos lugares) torturados a fim de que negassem Jesus diante dos homens. Outros por vezes já haviam negado Jesus, mas eram torturados para convencer os líderes religiosos a renunciarem a fé e de forma que esses líderes se sentissem responsáveis pelo sofrimento dos demais.

Lembrar dessa realidade tão atual, me fez primeiramente ter vergonha de saber que em atitudes e situações muito menores negamos o evangelho quando deixamos de pregá-lo ou vivemos de forma contrária àquela descrita na palavra.  Vergonha de flexibilizar as escrituras e distorcer a interpretação de forma a me beneficiar e adaptar o evangelho a minha vida e não o contrário. Enfim, vergonha é pouco pra descrever.

Em segundo lugar, me fez lembrar que essas pessoas ainda são reais e ainda tem dado sua vida por amor a Cristo e eu sequer lembro de tirar 5 minutos para orar por elas.

Eu sei que Deus não nos dá provas que não possamos suportar (1 Coríntios 10:13) e que Ele tem sido com essas pessoas, mas deixa eu te contar: eles não são super-homens e super mulheres. Eles precisam das nossas orações. Faz parte da nossa missão orar por eles para que eles permaneçam firmes e inabaláveis diante dessas circunstâncias. Você vai encontrar em toda a bíblia diversas referências onde consta o pedido de Paulo ou algum dos líderes da igreja para que cubram suas vidas em oração. Ou mesmo em que Paulo ora pra que as igrejas nas cidades sejam fortalecidas.

Você vai encontrar também registros de pessoas felizes por passarem pelo que chamavam de leve e momentânea tribulação, mas que em verdade viviam um dos períodos mais complicados do início da igreja no que diz respeito à perseguição (veja o livro de Tiago e o contexto histórico).

O texto de hoje carrega três pedidos:

1 – Não chame de perseguição o fato de não concordarem com seus argumentos bíblicos diante das situações, pois você ainda tem liberdade de se posicionar, mesmo que encontre opositores. Nossos irmãos que tem visto famílias inteiras morrerem por amarem a Jesus adorariam receber apenas vaias, isolamento e insultos.

2 – Seja grato por, apesar de ser tentado e sofrer provas diárias, ninguém ter pedido seu pescoço por você amar a Jesus.

3 – Gaste alguns minutos do seu dia orando por nossos mártires atuais. Ore por perseguidos e perseguidores para que haja firmeza de fé em Cristo, haja arrependimento por parte dos apóstatas e haja revelação para aqueles que nunca ouviram falar desse amor e dessa graça redentora que recebemos.

O mapa abaixo  sinaliza as regiões onde seguir a Cristo pode custar a vida. Você encontra essas e outras informações sobre a igreja perseguida em nossos dias no site: https://www.portasabertas.org.br/listamundial/

Deus abençoe vocês!

#AtéTerça

😉

Comente!