Sabotagem

Oi oi!

O assunto de hoje não é dos mais fáceis, mas é o que o Senhor tem ministrado ao meu coração nesses dias.

Eu me saboto.

Tu te sabotas.

Nós nos sabotamos.

Por que?

Você, eu não sei, mas talvez quando eu te contar como eu me saboto, você entenda um pouco sobre e contra o que está lutando aí também.

Vamos ao contexto:

Eu tenho planos de dominação mundial e vocês sabem isso de cor. (Se você é novo por aqui, isso significa apenas dizer que tenho sonhos grandes pra minha vida e pra essa geração e acordo todos os dias pensando: O que vamos fazer hoje? O que fazemos todos os dias… nós vamos dominar o mundo).
Estou ciente de que para ir para a próxima etapa do plano, eu preciso sair da anterior.
A próxima etapa é desconhecida.
O desconhecimento gera insegurança. Significa dizer que não terei o controle do que vai acontecer.
Não ter o controle é desesperador.
Estou insatisfeita em permanecer no estágio atual, mas o estágio atual é conhecido e ainda que tenha dificuldades é confortável, pois são dificuldades com as quais eu sei lidar.
Fico no mesmo lugar, procrastinando o sonho, porque o lugar atual é “seguro”.
Me frustro por não estar vivendo o que sonhava viver.
Culpo Deus e o mundo pela escolha que eu fiz.

Pegue os itens acima e tente aplicar em áreas da sua vida que parecem estagnadas. Veja se consegue encaixar um (ou todos) dos comportamentos quando comparados com sua conduta. Se conseguiu encaixar, deixa eu te dizer: você está se sabotando.

E o que a gente faz quando olha frustrado pra estagnação? Vai chorar pra Deus e perguntar por que não estamos vivendo o que sonhamos. Imagino Ele dizendo: então, filha… por onde você quer que eu comece?

Muitas vezes essa sabotagem não é clara. Nosso inconsciente faz isso e impulsionado pelo medo, bloqueia nossas reações e vontades pra que permaneçamos no mesmo lugar.

Vamos falar de coisa boa… (eu sei que você pensou em pelo menos dois comerciais hahaha)

Quando eu conclui a faculdade de direito, eu precisava passar no exame da OAB para então ser advogada. Todo estudante de direito sabe que a faculdade não termina quando acaba. É só o começo de uma vida inteira de estudos. Eu sempre sonhei com essa carreira. Eu tinha vários planos para quando pegasse aquela bendita carteirinha. Então fui estudar e fazer a prova. Eu não passei. Fiz de novo e não passei. Fiz outra vez e não passei. Estava ficando ridículo já. Eu “dava aula” pras minhas amigas sobre aqueles conteúdos e não passava na bendita prova. Fui fazer terapia e lá descobri que eu estava me sabotando. A ansiedade e o medo estavam me mantendo presa na fase anterior do jogo. Eu queria muito ser advogada, mas tinha medo do que isso significava na prática. Ser analista, eu dominava. Ser advogada parecia que teria mais trabalho e glamour, mas será que seria como eu imaginava? Será que eu não tinha criado uma realidade paralela e uma história encantada que não correspondiam a realidade?

Esses “serás” me travavam. Tinham também outras questões relacionadas a querer salvar as pessoas e levar o mundo nas costas, apesar das provas claras de que o Messias já veio e está prestes a voltar, mas isso é assunto pra outro dia.

Tive que enfrentar o medo, continuar estudando e entregar o depois ao Senhor e depois disso finalmente consegui passar. Tem quase 6 anos que aquela carteirinha desfila na minha bolsa..rs

Vou dar outro exemplo. Você vai rir, mas como eu digo pras “minhas gurias”: aprenda com os meus erros pra não precisar aprender com os seus.

Eu estava com alguns problemas no sistema digestivo (vou falar assim pra fingir que sei do que estou falando, mas é só pra disfarçar o fato de eu nunca saber se era estômago, intestino, fígado ou seja lá o que tem mais aqui dentro..rs). Passava mal por vários dias e não sabia o que estava provocando aquilo.

Qual a reação esperada diante desta situação? Isso mesmo, procurar um médico.

Qual a reação que eu tive? Isso mesmo, não fui. Por conta própria retirei alguns itens da minha alimentação que eu julguei que estavam me fazendo mal e fiquei administrando os outros sintomas como pude. Como resultado, continuei passando mal e ainda passando vontade de comer as coisas que eu gosto.

Não era mais fácil ir ao médico? Era sim! Mas o medo de ir lá e ele dizer que eu tinha um problema, me fez procrastinar isso o máximo.

Mas se fosse logo, não iria começar logo o tratamento e logo estaria curada? Aham, mas eu não queria ouvir ninguém dizer que eu estava doente e que isso era fruto da negligência com minha alimentação ou com a estabilidade das minhas emoções. (orgulho e a ansiedade mandaram um abraço).

Depois de muito apanhar, fui ao médico e de fato havia um problema, mas era mais simples do que eu imaginava. Comecei a fazer o tratamento e ainda descobri que não precisava ter lidado com a restrição alimentar. Sim, sofri a toa.

“O preguiçoso diz: “Há um leão lá fora! ” “Serei morto na rua! ” Provérbios 22:13

É ridículo, né?! Mas a gente faz isso em muitas situações.

Eu lembrei de tudo isso ao conversar com uma amiga esses dias. Ela comentava como se sentia mal por não conseguir concluir um curso e o Senhor me levou a lembrar dos exemplos acima e a perguntar a ela se por acaso ela não estava confortável no estágio anterior.

Parece ilógico pensar que uma situação ruim ou de incompletude pode também ser confortável, mas tudo com o qual aprendemos a lidar e nos conformamos, tornou se confortável e se não está de acordo com a vontade de Deus pra nós, precisa ser combatido e abandonado.

Eu achava que o diabo estava atrasando minha vida, mas quem estava fazendo isso era eu mesma que, dando ouvido pras mentiras dele, escolhia o medo, a procrastinação, o orgulho e a ansiedade (e tantos outros pecados) ao invés de escolher ouvir ao Senhor.

Minha oração neste dia é que o Senhor te convença do seu pecado, assim como Ele tem feito comigo. Que você confesse que tem escolhido o caminho confortável ao invés de ser afiado e desafiado por Ele. Que você se arrependa e entregue seu caminho ao Único que realmente sabe o que está fazendo: Jesus.