Da leitura da Palavra de Deus, é fácil compreender que o perdão é algo inerente à vida de um cristão. Aliás, é bom que se diga que tão somente temos fôlego de vida em razão do perdão e da misericórdia de Nosso Senhor, que nos reconciliou consigo mesmo através de Jesus Cristo, Seu Filho unigênito.
Apesar desta verdade latente, o certo é que, muitas vezes, nós não conseguimos perdoar de forma verdadeira! Em outras palavras, não conseguimos “liberar” aqueles que nos ofenderam de suas “dívidas” para conosco.
Muitas situações retratam tal assertiva, como por exemplo: a) pais que não concordam com o casamento ou profissão de um filho; b) casais que se machucaram mutuamente; c) traição de amigos, etc, ressaltando-se que quanto maior a proximidade entre ofensor e ofendido, mais difícil é a liberação de perdão.
Apesar desta realidade, a Palavra de Deus é clara no sentido de que, por mais que as ofensas sejam muitas, o perdão deve sempre ocorrer (Mateus 18.21-22):
Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.
E mais, é bom que se lembre que tal perdão deve ser verdadeiro. Jesus ensinou: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mateus 6.14-15)
Como se vê, Cristo nos ensinou que em nossas vidas não há espaço para o ódio, mas somente para misericórdia e a paciência com o próximo. Temos que perdoar, pois a ausência de perdão traz amargura, mágoa, dor e feridas ao coração de quem não perdoa!
Aliás, aquele que não perdoa é prisioneiro do seu passado e perde a capacidade de viver o presente, o nova, as novidades que Cristo pode nos trazer.
A própria palavra de Deus é enfática ao afirmar que nós não devemos nos lembrar das coisas passadas e nem considerar as antigas, pois Deus traz novidades para aqueles que o seguem (Isaías 43.18-19).
Além disso, jamais podemos deixar de lembrar que nós próprios somos pecadores e necessitados do perdão divino (Romanos 3.23). No caso do cristão, Deus já lhe perdoou uma imensa dívida nossa para com Ele.
O perdão é necessário para nossa cura espiritual. Assim como Deus nos perdoou, precisamos aceitar a injustiça do ferimento, a deslealdade do pecado, e ficarmos prontos para perdoar, ainda que o pecador se recuse a se arrepender, não podemos continuar a nutrir a raiva, ou ela se tornará em ódio e amargura.
Assim, havendo uma força tremenda no perdão, perdoemos todos os nossos ofensores para que Deus possa verdadeiramente nos libertar das amarguras, mágoas e feridas que nos prendem ao passado e, com isso, cura e restauração a nossas vidas.
A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem. Romanos 12.17-21
Autor: Rodrigo Aiache
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