Oi oi!
Estamos vivendo dias intensos no mundo. Em todo o lugar, e aqui no blog inclusive, o tema recorrente é como lidar com o isolamento ou com uma pandemia. Nem mesmo nossos pais ou pastores viveram tão de perto cenário parecido. Talvez um ou outro ancião de nossa igreja tenha ouvido algo, mas lidar com isso é novidade em nossos dias.

Ocorre que foi exatamente para um tempo como esse que nós fomos chamados.

Essa frase, que faz parte da história de Ester é comumente usada em mensagens para líderes se levantarem durante uma crise. Hoje, no entanto, eu quero lembrar que não apenas Ester foi chamada para aquele tempo, mas cada uma das pessoas envolvidas naquela história. Ester ouviu o Senhor, através do alerta de seu tio, e se posicionou. No entanto, foi preciso um tio temente ao Senhor e também um povo comprometido em obedecer a direção dada por ela. Se olharmos para um cenário maior, cada uma daquelas pessoas precisou de um posicionamento pessoal e, hoje, vejo o Senhor nos chamando para o mesmo posicionamento.

É fácil olhar pra essa história e querer o papel de destaque. Vemos uma oportunidade e nosso ego grita: “ééééééé… nascemos para isso! Bora brilhar!” (Algo como “podemos sentar um a sua direita e outro a sua esquerda, Jesus?”)

O Senhor, no entanto, nos chamou para um caminho estreito, de negação pessoal, de experimentar as mesmas dores que Ele para que o nome Dele seja glorificado através de nós, como foi através de Jesus.

O Senhor nos deu a graça de viver dias de saúde e abundância e de bom grado os recebemos. Não receberemos com o mesmo coração as dificuldades destes dias? (Jó mandou lembranças)

É normal que fiquemos preocupados. É normal que tenhamos medo. Mas é nessa hora que aquilo que de fato dizemos que cremos fará diferença. Nós temos uma esperança que não se restringe apenas para essa vida.

Mas e quanto aos que não tem essa esperança? Foi pra eles que fomos chamados neste tempo.

Quando eu ouvi sobre a quantidade de mortos pelo mundo, principalmente quando a pandemia chegou a Itália e as notícias chegaram com mais detalhes ao Brasil, eu chorei muito pensando nas pessoas morrendo sozinhas, nas famílias que não puderam e não poderão se despedir deles, pois não podem se contaminar. Orei por suas vidas e fiquei pensando como estaria o coração de Deus nisso tudo. Ele não se agrada do sofrimento nem do justo nem do ímpio.

No meu coração havia uma mensagem: eles não podem morrer sem saber!

Não precisamos sair nas ruas para poder tocar tais pessoas. Nossas orações podem ser feitas na proteção de nossas casas. Nossas mensagens podem ser enviadas através das mais diversas plataformas digitais. O que não podemos é nos calar nesse tempo.

Podemos fazer história nessa geração mesmo sendo uma multidão de anônimos.

O Senhor não foi surpreendido neste tempo. Ele não perdeu o controle. Precisamos estar disponíveis para o que Ele deseja fazer.

Por último, mas não menos importante, dia desses estava no banho quando o Senhor me lembrou aquele trecho em Jeremias 8:7 quando o Senhor fala que a cegonha, a andorinha e outros animais conhecem as estações e sabem o tempo da migração, mas nós não sabemos discernir o que o Senhor está fazendo. Tive muito temor porque realmente sabemos que Ele não permite que nada aconteça por acaso, mas ainda assim não conseguimos discernir o que Ele está fazendo nestes dias.

Minha oração é que estejamos dispostos e disponíveis para o que o Senhor desejar realizar nesses dias. Que possamos corresponder na exata medida do que Ele deseja.

“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, buscar a minha face e se arrepender dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”. (2 Crônicas 7:14)

Deus nos abençoe!

Até terça

😉

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