Há alguns meses, durante um devocional, pedi ao Espírito Santo que me ajudasse a compreender o que Ele gostaria de me ensinar naquele dia, como costumeiramente. Logo em seguida, li alguns textos que tratavam sobre ídolos, mas vou te contar: não dei muita atenção. Afinal, “meu amor e minha adoração pertencem ao único Deus, Àquele por quem vivo” – pensei. E ponto final.
Mas pouco tempo depois, notei que eu estava me preocupando demasiadamente com alguns projetos pessoais, supervalorizados, o que estava tomando um espaço desmedido em meu coração. Sabe quando você quer tanto realizar ou ter algo, que perde um tempão cultivando a ansiedade? Pois é. Foi quando percebi que existe uma palavrinha que, sutilmente, tenta tomar nosso coração: idolatria. Eu estava começando a fazer daqueles sonhos meus deuses e o meu “eu” estava empenhado em sobressair à vontade de Deus.
Segundo o dicionário, um dos significados de idolatria é “amor cego, paixão exagerada”. E, como sabemos, vários versículos nos alertam sobre este pecado, pois somente Deus deve ser alvo de toda nossa devoção.
Por isso, meus amados irmãos, fujam da idolatria. (1Coríntios 10.14)
Porém, frequentemente, limitamos nossa interpretação sobre esta prática somente aos “ídolos feitos por mãos humanas” (Sl 115.4-8), imagens e outros deuses. Mas quero chamar sua atenção para a tal “paixão exagerada”, que às vezes se esconde em algum cantinho escuro dentro de nós.
Eu me refiro justamente a planos legítimos, como fazer uma faculdade, construir uma carreira profissional estável ou uma família. Isso é ótimo, mas o problema é quando começamos a apoiar nosso coração sobre aquilo que pode ser abalado, sobre o que não é nossa Rocha. Nossa vida precisa ser firmada em Cristo e não nos planos que fazemos ou naquilo que conquistamos.
Tudo que compete com Ele pelo nosso coração, que se torna nossa prioridade ou desvia nossa atenção de sua vontade e soberania consiste em um ídolo – seja emprego, relacionamentos, práticas, vaidades ou cobiças. A ganância, inclusive, é uma forma de idolatria (Cl 3.5), pelo desejo exagerado de possuir bens.
Os excessos nos fazem adoecer. Depois de identificá-los e pedir perdão a Deus, fui muito edificada ao ouvir uma canção, que deixo aqui na esperança de que você também seja abençoado. Minha oração é para que Ele nos ajude a analisarmos nossa vida, a fim de descobrirmos se algo tem nos roubado de sua presença, que é tudo o que realmente precisamos.
Que Deus te abençoe muito! 🙂
Até breve,
Mari
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