A lei de Deus encontra resistência na cultura moderna para ser assimilada. Isto deve-se tanto à natureza pecaminosa do homem (que resiste a tudo que provém do Senhor) quanto às ideologias pregadas pela sociedade.

Entre as várias compreensões erradas que existem a respeito dos Dez Mandamentos, podem ser citadas as seguintes: a) a ideia de que o Decálogo é um código de leis humanas criado por Moisés ou outras pessoas entre os judeus, isto é, um conjunto de regras específicas para um único povo; b) a concepção de que a lei é produto da experiência humana, isto é, um resumo daquilo que as pessoas pensam ser o necessário para o bem-estar da humanidade; c) a compreensão de que os mandamentos só tinham um significado temporário, sendo superados pela “lei do amor” do Novo Testamento.

Todas essas interpretações estão erradas. Os Dez Mandamentos não são um código de leis humanas, mas um código de leis divinas (Êxodo 20.2); não foram escritos por Moisés, mas foram pronunciados e escritos pelo próprio Deus (Deuteronômio 5.22); não têm validade temporária ou regional, mas valem permanentemente até o final dos tempos, não podendo, assim, ser modificados ou superados por outras leis ou princípios (Deuteronômio 4.2).

Ocorre que o cristão deve mostrar sua gratidão a Deus não apenas em oração e louvor, mas também zelando por viver em conformidade com a lei moral de Deus contida resumidamente nos Dez Mandamentos (Êxodo 20.1-17). Desta forma, o crente expõe o apreço que tem por Cristo, mostrando o tanto que deve a Ele por ter cumprido perfeitamente a lei de Deus e suportado no lugar do pecador a pena legal (Romanos 8.3-4).

Os Dez Mandamentos possuem função pedagógica, uma vez que mostram o pecado e a necessidade que a humanidade tem de se achegar a Cristo (Gálatas 3.24). O Espírito Santo usa a lei como um espelho para revelar ao homem sua impotência e culpa, induzindo ele ao arrependimento e gerando o senso de necessidade espiritual do qual nasce a fé em Cristo (João 16.8-11).

Nossa capacidade de decidir está sujeita à lei moral de Deus (Deuteronômio 6.5). Isto torna pecado tanto tomar uma decisão contrária à lei de Deus quanto deixar de tomar uma decisão que esteja de acordo com a lei divina.

No próximo mês, estudaremos o primeiro mandamento.

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