Sabemos que somos pecadores desde o nascimento, tendo nós herdado a natureza pecaminosa do pecado que Adão, nosso pai, cometeu e, consequentemente, nós cometemos através dele, sendo ele o representante de toda a humanidade.

Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram;
Romanos 5:12

Adão foi criado perfeito por Deus e desfrutava de plena comunhão com o Senhor, pois o que nos separa dEle é o nosso pecado (Isaías 59.2), e Adão era santo. Mesmo assim, quando tentado pela sua mulher (que, por sua vez, foi tentada pela serpente), desobedeceu ao Criador. Ele tinha total capacidade de suportar a tentação e seguir em santidade, até porque tinha variedade de alimentos ao alcance da mão. Este é um conceito estranho pra nós porque nós, por experiência, só conhecemos a tendência ao pecado. Nosso coração nos leva a ele naturalmente, sem esforço. As tentações são naturalmente pesadas pra nós, mas não para Adão.

Veja que situação familiar. Um homem santo, sem tendência ao pecado, diante de uma tentação cujo resultado definirá o destino da humanidade. Isso só aconteceu duas vezes na história humana. Esta foi a primeira. Cristo foi a segunda.

Nosso Senhor foi tentado por Satanás por 40 dias no deserto, em jejum, conforme nos relata Lucas 4.1-2. Cristo era (e é!) santo, pois nunca pecou, nem herdou de Adão a sua tendência ao pecado, pois nasceu do Espírito Santo. Este Jesus estava na posição em que Adão esteve no Éden, porém em condições muito mais adversas. Satanás lhe oferece pão, após dezenas de dias sem que comesse. Cristo não era pecador, mas era homem. O seu corpo pedia comida. Satanás lhe oferece soberba, enquanto muitos O humilhavam. Mas o amor pela Palavra de seu Pai era maior. Cristo venceu a tentação. Ele é o Adão que deu certo, é o segundo Adão (1 Coríntios 15.45).

Da mesma forma como o primeiro Adão, por um só ato de pecado, nos transmitiu morte, o segundo Adão, por um só ato de justiça (seu sacrifício), nos garantiu redenção e vida eterna. Foi por ter suportado a tentação que Cristo nos conquistou a posição de glória que Adão rejeitou. No entanto, Paulo, em Romanos 5.15, nos dá uma grande diferença entre ambos: em Adão, muitos morrem por um pecado só; em Cristo, que é maior do que Adão, muitos são salvos de uma multidão de pecados incontáveis!

Soli deo gloria! Quão glorioso é o nosso Senhor Jesus Cristo por sua justiça!
Repousemos em saber que somos salvos pelas obras. Pelas obras de Cristo.

Produza frutos,
Lucas

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