O Niilismo é apenas uma das vertentes da filosofia materialista da qual Friedrich Nietzsche fundamentou a sua não crença na religião e na existência metafísica de um ser absoluto, criador e inerrante, de modo que
se desprendia de toda e qualquer relação de sobrenaturalidade na busca do real sentido da vida e da sua própria existência.

Para o niilismo, o sentido da vida está no “ser”, na capacidade humana e no potencial que o mundo material pode oferecer como antídoto de satisfação pessoal e finalidade da própria existência. A tese niilista traz
consigo a “filosofia do martelo”, como dizia Nietzsche, isto é, a qual destrói ídolos, argumentando que as crenças religiosas são inúteis e que, portanto, a vida real não tem sentido algum, senão a busca idealizada pelo mundo material.

Quando olhamos para os escritos do Apóstolo Paulo à carta de I Coríntios 15.32 – baseados em todo o contexto da carta – vemos que Paulo faz uma apologia à morte e a ressurreição de Cristo como esperança de uma vida eterna, centralizando isto ao sentido de nossa própria existência.

Mas, de fato, para que nascemos? Para que vivemos?

Em todo tempo, desde a filosofia antiga, os grandes pensadores sempre buscaram uma resposta para estes questionamentos, os quais foram minimizados pelo niilismo na materialização do ser. Tanto o niilismo
quanto os homens do subsolo – abordado por Dostoiévski – se resumem à do encantamento da realidade e a acomodação do ser no mundo materialista.

A grande questão é que o próprio Apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito de Deus, escreveu aos Efésios, no capítulo 1, o verdadeiro e único propósito da nossa existência: Para o Louvor da Glória de Deus (Ef 1.6; 1.12; 1.14). De maneira tão consistente, as escrituras nos revelam que o sentido de nossa vida não é uma simples satisfação do nosso ser por meio da realidade materialista, mas sim por meio da confiança e esperança de que um dia iremos morar com o Pai no Reino celestial e assim, vivermos linearmente para o Louvor da Glória de Deus.

Por mais que o cristianismo e o niilismo sejam filosofias distintas e exijam comportamentos e relações com a realidade de maneira equidistante, nos dias de hoje, muitas igrejas e muitos protestantes têm seguido e tomado para si o “Niilismo Cristão”. É incontável o número de igrejas e de cristãos que pregam um evangelho de barganha, no qual o real sentido de tudo é a satisfação pessoal.

Tanto o humanismo quanto o antropocentrismo tem afetado as igrejas brasileiras, fazendo com que elas realmente abandonem a verdade das Escrituras e que pastores coloquem no centro do púlpito as próprias “verdades” subjetivas do evangelho e do mundo com uma simples finalidade: a acomodação do ser e a materialização da fé.

A vivência de muitos cristãos dentro da cosmovisão niilista leva muitos à apostasia e ao falso ensino.

O Apóstolo Pedro, em sua segunda

carta, diz o seguinte:

Os falsos mestres são como criaturas irracionais movidas pelo instinto, que nascem para apanhar e morrer. Nada sabem sobre aqueles a quem insultam e, como animais, serão destruídos por usa própria corrupção.” (2Pe 2.12).

Pedro resume bem a cosmovisão niilista na prática. Sem esperança além da morte, tudo se resume a prazeres e dores de um universo fechado, ligados ao fenômeno da matéria, de modo que não dá qualquer valor à vida espiritual, muito menos a uma vida de submissão a Deus e à sua Verdade,
por causa da corrupção de um evangelho centralizado em si mesmo.

Desta forma, não há outro meio enxergar o verdadeiro sentido da vida senão olhamos para a cruz de Cristo e depositar a esperança de uma vida eterna pós morte, pois tudo se resumo nEle, com Ele e para Ele. Assim, encerro nas palavras da oração de Agostinho, que também seja a nossa oração:

Criaste-nos, Senhor, para Ti e nosso coração estará inquieto enquanto não descansar em Ti.”

Niilismo Cristão? Tô Fora!

Texto cedido gentilmente por meu queridão, Vitor de Aquino. 

Deus te abençoe!

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