Não sei quanto a você, mas quando me dá vontade de chorar eu paro. Paro de fazer o que estou fazendo, saio da presença de quem não quero que me veja chorar, e vou pra um canto em silêncio. E choro. Em silêncio, mas não sozinha. Da ultima vez, Ele, o meu amigo Espírito Santo estava lá (como sempre) e insistiu em me dizer algo, que na hora eu não quis ouvir, mas que depois eu assimilei e fez sentido.

Martin Luther King certa vez disse “Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito.”. E o meu amigo me fez lembrar de uma passagem da Biblia que também fala de continuar andando.

“Aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão.” Salmos 126:5

Se eu semeio, eu preciso continuar em frente pra colher, certo? Tem uma passagem de tempo aí, o tempo não parou. E pra semear eu tenho que andar, pra colheita ser grande, as sementes precisam se espalhar. Às vezes a semente se espalha por quilômetros, meses, anos, gerações. Imagina a colheita de quem semeia por tanto tempo!

Aí você enxuga um pouco as lágrimas e me pergunta: “mas qual a garantia de que a semente vai vingar?” Meu amigo é bom de respostas. Segura essa:

“Então, no devido tempo, enviarei chuva sobre a sua terra, chuva de outono e de primavera, para que vocês recolham o seu cereal, e tenham vinho novo e azeite.” Deuteronômio 11:14

Então é isso. Lágrimas abrem caminho, lágrimas quebrantam, lágrimas ungem e lágrimas semeiam.

Da próxima vez que chorar deixa cair no caminho. Caminhe. São sementes.

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