Não matarás. Êxodo 20.13

Esta ordenança nos leva ao esforço de preservar a própria vida (Efésios 5.28-29) e a dos outros (1 Reis 18.4). Ao contrário do que alguns cristãos imaginam, o sexto mandamento não proíbe o matar em si mesmo, mas o tirar injustamente a vida de alguém (Deuteronômio 22.8). Assim, a legítima defesa (Êxodo 22.2-3), o dever de guerra defensiva (Jeremias 48.10), a pena de morte (Gênesis 9.6 e Romanos 13.4) e o poder de polícia são permitidos, desde que resguardados na extensão do texto bíblico.

O assassino afronta Deus ao destruir um portador da Sua imagem. Por isso o assassino comete sacrilégio ao não considerar a imagem de Deus no homem como algo sagrado.

É errado a legislação civil abolir a pena de morte em caso de assassinato, uma vez que a Palavra de Deus legisla positivamente sobre o dever do Estado de se conformar à vontade revelada do Senhor.

A autodefesa contra a violência ilegal é sempre legítima e é uma obrigação moral, já que nossa vida pertence a Deus e é obrigação de todo crente preservar este dom da destruição pela violência criminosa. A Escritura ordena que se ame o próximo como a si mesmo, numa relação equilibrada entre as partes. Quem se deixa matar por um criminoso, sem tentar se defender, ama demais o seu próximo e não ama a si mesmo o suficiente.

Além do crime de assassinato, o mandamento exige que evitemos tudo que nos leve a destruir injustamente a vida humana, seja pensamentos, ações ou ocasiões para tal (Provérbios 1.10-16). Desta forma, o cristão deve possuir uma atitude mental pacífica, mesmo diante das adversidades, e esperar em Deus o cumprimento da justiça (1 Tessalonicenses 4.11).

A lei divina também instrui o homem a preservar a própria vida, zelando por sua saúde física (Provérbios 25.16) e medicando-se nos casos de enfermidade (Isaías 38.21), já que nossa fé em Deus requer que usemos os meios apropriados que a Sua providência colocou à nossa disposição. Logo, deixar de se medicar porque se confia em Deus envolve uma noção equivocada de fé.

Também devemos descansar, trabalhar e promover recreação com sobriedade, isto é, sem excessos. O grande propósito da vida humana é o e glorificar a Deus e gozá-Lo para sempre. Ociosidade e preguiça são pecados tanto quanto a dedicação imoderada ao trabalho.

O crente deve cultivar uma atitude consciente e atenta sobre o dom da vida, compreendendo que é um mordomo de Deus.

No próximo mês, a aplicação do sétimo mandamento em nosso cotidiano.

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