Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Êxodo 20.16

O nono mandamento exige que preservemos e promovamos a verdade entre os homens (Zacarias 8.16), assim como cuidar da boa reputação de nosso próximo (3 João 12), bem como a nossa própria, desencorajar difamadores, fofoqueiros e aduladores (Salmo 101.5) e cumprir as promessas lícitas (Provérbios 15.4).

O alcance geral desta ordenança é a santidade da verdade e da honestidade na sociedade humana. A verdade deve ser considerada sagrada porque é um dos atributos de Deus, ou seja, um aspecto de Seu caráter (João 14.6). O Senhor não pode mentir (Tito 1.2) e Ele é imutável também quanto à verdade (Salmo 31.5).

A mentira entrou na raça humana quando Eva deu ouvidos a Satanás e acreditou nele, ao invés de crer na verdade de Deus (João 8.44). Os crentes em Cristo que usam da inverdade estão manuseando as armas do reino do Maligno.  A aversão à doutrina e a desvalorização das verdades bíblicas comuns na igreja de hoje são resultado em boa parte dessa influência mundana.

Os pecados proibidos no nono mandamento são todos aqueles que ferem a reputação alheia como a nossa própria (1 Samuel 17.28), testemunhar falsamente (Provérbios 6.16), subornar testemunhas, chamar o mau de bom e o bom de mau(Jeremias 9.3-5 e Isaías 5.20-23), falsificações (Jó 13.4), ocultação da verdade (Levítico 5.1), falar a verdade em momento impróprio ou maliciosamente com objetivo perverso (Provérbios 29.11 e Salmo 52.1-5), caluniar (Isaías 59.13), escarnecer (Gálatas 4.29), injuriar (Tiago 4.11), adular (Salmo 12.2-3), negar os dons e as graças de Deus (Jó 4.6), esconder ou minimizar pecados (Provérbios 28.23), expor desnecessariamente as faltas dos outros (Gênesis 9.22), levantar falsos rumores (Êxodo 23.1), sentir inveja pelo crédito merecido de outrem (Números 11.29), tentar prejudicar a reputação dos outros (Ezequiel 4.12-13), e quebrar promessas lícitas (Romanos 1.31).

Tudo que destrói a distinção entre certo e errado é uma negação prática do caráter justo de Deus. Jamais devemos nos esquecer que o Senhor é absolutamente bom e detesta o mal.

No próximo mês, encerraremos esta série de posts com a aplicação do décimo mandamento na atualidade.

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