Oi oi!

Semana do dia dos namorados e a gente aproveita pra falar de romance por aqui.

Hoje vou compartilhar com vocês a primeira parte do testemunho de uma amiga minha. Com vocês, Carla!

Lembro que um dia ouvi essa frase: “ Na sala de espera de Deus” e me imaginei sentada esperando (de braços cruzados) para receber as promessas de Deus na minha vida. Sempre entendi a espera como algo passivo e difícil. Através da Palavra aprendi que o tempo de espera é a oportunidade que Deus nos dá para nos preparar, nos aperfeiçoar e de nos aproximar Dele para encontrarmos Nele a plenitude de vida. Entre a sexta-feira da crucificação de Jesus e o domingo da ressurreição teve o sábado – o dia da espera. Todos nós, alguma vez na vida, ou  talvez várias vezes, vamos passar por momentos de espera.

Sou filha de pais separados, desde os meus 7 anos de idade. Conheci Jesus com 9 anos e apesar de ter crescido na igreja, o fato de não ter tido uma referência de casamento saudável na minha família, fez com que o meu sonho de casar fosse enterrado aos poucos, sem que eu percebesse.

Infelizmente, na adolescência e juventude, apesar de viver no ambiente da igreja, não tive um ensinamento claro sobre a questão da pureza e santidade antes do casamento. Muitos relacionamentos próximos de amigos cristãos se tornaram como no mundo e aos poucos fui sendo influenciada por esses comportamentos e aceitei as mentiras de que não teria problema fazer da mesma forma. Comecei a relativizar o que a Bíblia dizia sobre santidade.

Acabei cedendo e abrindo mão da espera e comecei a namorar um rapaz que não era cristão. O relacionamento não deu certo, cheguei a noivar e o término deixou muitas feridas. Frequentemente ouvia essa frase: você só cura uma paixão tendo outra. Achei que me envolvendo novamente aquelas feridas desapareceriam. 

Depois disso acabei tendo mais dois namorados (que também não eram cristãos) e as feridas que já existiam foram aumentando e algumas novas foram surgindo. Só piorou. Não sabia mais como sair desse ciclo da ferida. Continuava na igreja mas não conseguia entender como colocar em prática a Palavra de Deus nessa área da minha vida. Nesse tempo ganhei o livro do Pastor Coty “A Face Oculta do Amor” e tive a revelação que buscava há anos sobre santidade e pureza sexual. Entendi que precisava de cura emocional pra ter sabedoria e fazer escolhas certas.

A partir desse conhecimento revelado decidi esperar em santidade pelo meu futuro marido. Não estava mais disposta a abrir mão de nenhum princípio e não me importava o quanto de sacrifício aquilo me custasse. 

Foram 8 anos de espera. Nesse tempo me dediquei em buscar profundamente intimidade com Deus, pra conhecer a origem das minhas escolhas erradas e me permiti ser restaurada por Jesus. Foi quando comecei a congregar em uma nova igreja e Deus colocou duas famílias, que até hoje são referências pra mim, pra me cuidar, discipular, ensinar, corrigir e amar. Convivi com eles por quase 10 anos. Vi no dia a dia o que era uma família saudável, com pessoas imperfeitas, com falhas mas tementes ao Senhor e que viviam os princípios do Reino no casamento, no relacionamento com os filhos e com outras pessoas.

Aos poucos, fui sendo curada e o sonho de casar que havia sido enterrado por tantos traumas foi sendo restaurado. Muitas vezes o desânimo aparecia, a incredulidade tentava dominar meu coração e eu acabava duvidando das promessas que Deus tinha pra minha vida. Até que entendi que o meu foco deveria estar no abençoador e não mais nas bençãos. Um dia, minha líder de célula me perguntou: “ E se, por acaso, Deus não te der o que Ele te prometeu? Como fica seu relacionamento com Ele? Vai ser abalado? E eu lembro de ter a revelação de que Ele era suficiente e que Nele eu poderia encontrar satisfação e alegria, independente do meu estado civil. Isso fez toda diferença no meu tempo de espera. Saber aproveitar a beleza de cada fase da vida, aprender a usufruir do presente e desfrutar da Presença de Deus.

Esperar é caminhar, como diz a canção. Enquanto esperava pelo casamento, estudei, trabalhei muito (nesse período me tornei empreendedora), viajei bastante, curti meus amigos, servi na igreja, fiz cursos, retiros, fui a diversas conferências, me deleitei no Senhor e alimentei meu coração com muito contentamento e gratidão por esse período. 

Até o dia em que Deus me disse que era tempo de me preparar intencionalmente pra casar. Não tinha nenhum pretendente mas acreditei na Palavra e comecei a estudar sobre casamento, ouvir mais ministrações sobre família, fiz um check list completo que envolvia todas as áreas da minha vida (corpo, alma, espírito) pra que eu garantisse que nesse tempo eu tivesse fazendo todo o possível pra me tornar a mulher dos sonhos do meu marido.

Quase 2 anos depois desse preparo específico a promessa se cumpriu. Conheci meu marido, casei com 38 anos e naquele momento entendi o quanto foi importante me render e ser moldada pelas mãos do Oleiro. Aprendi que o tempo de espera não é um desperdício. Quando você espera em Deus, com paciência e alegria você vive a realidade de que Ele é suficiente e esperar o tempo Dele é um privilégio.

Eu e quem na sala de espera de braços cruzados? Quem nunca? Eu já me peguei assim em diversas áreas e também nessa. Que tal aproveitar essa deixa pra se arrepender e pedir perdão ao Senhor por não confiar no cuidado e na suficiência Dele?

Deus abençoe vocês!

Até terça

😉

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