Graça e paz, queridões! Tudo bem? Sempre gostei de história pelo fato de que os acontecimentos passados me obrigam a mergulhar em um contexto específico que perpassam épocas distintas, culturas heterogêneas com atores diferentes. Mas, algo que me fascina é quando ela não se restringe ao passado, pelo contrário, permanece viva de forma literal e real. Falo exclusivamente das Escrituras, pois embora narre situações que aconteceram, revelam a divindade de Deus e do Seu filho que permanecem vivos, sendo eficaz para qualquer época (Hb 4:12).
Nesse sentido, desejo compartilhar e lhe encorajar a estudar comigo alguns destaques no livro de Romanos, o qual tenho me debruçado em compreender de maneira mais profunda. Não pretendo esgotar e tratá-lo de forma exaustiva, porém quero lhe incentivar a buscar as verdades do Evangelho, uma vez que tratar as passagens de forma individual é prejudicial para o entendimento e induz à compreensão deturpada do texto, cujo foco central concentra-se na suficiência de Deus e Sua justiça para o relacionamento com o homem. Apertem os cintos e vamos nessa!
Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o Evangelho de Deus. O qual antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras, Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne. Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação pela ressureição dos mortos, Jesus Cristo nosso Senhor, pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome, entre as quais sois também vós, os chamados para serdes de Jesus Cristo, a todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos; Graça e paz tenhais de Deus nosso pai, e do SENHOR Jesus Cristo”. Romanos 1:1-7
De maneira geral, o trecho em destaque aborda a identidade do autor (v.1), a historicidade e pessoalidade do Evangelho na pessoa de Cristo (v.2-5) e os destinatários originais (v.6-7). Podemos extrair informações e aplicações importantes para as nossas vidas!
SOBRE O AUTOR DA CARTA: QUEM VOCÊ PENSA QUE É?
Incialmente, o apostolo Paulo faz questão de se apresentar como servo, isto é, aquele que pertence a Cristo, cuja missão vocacional aponta para o chamado de viver o Evangelho de Deus (v.1). Isso faz toda diferença, pois mostra que sua identidade e o que fazia estava em conformidade com a missão daquEle que o chamou. Logo, além de esclarecer da autoria, revela a inspiração divina nos Escritos. Paulo era o instrumento, Deus o autor!
Muitas vezes, nos encontramos perdidos porque estamos a vagar à procura de uma identidade que só podemos encontrar em Cristo. Dessa forma, tudo sai do eixo, quando pensamos que somos algo que não somos ou queremos ser apenas o que nosso eu deseja. Precisamos, então, estar em conformidade a missão daquEle quem nos chamou para ser o que Ele quer para sua glória!
EVANGELHO HISTÓRICO, PORÉM MAIS VIVO DO QUE NUNCA!
Em seguida, o Evangelho é apresentado em suas duas perspectivas: histórica e pessoal. Ao proclamar no antigo testamento as verdades pelos profetas, Deus se revela de forma histórica, registrado nas Escrituras (v.2). Enquanto isso, ao se revelar através de Cristo, tem-se o Evangelho vivo em humanidade com mesma essência divina, pois seus atributos e qualidades revelam o Pai (v.3).
Que incrível! Essa realidade tem várias implicações diretas para nós enquanto cristãos nos dias de hoje. A primeira é que Deus é real e relacionável. Segundo, cultivamos a esperança de que pela sua vida seremos ressuscitados pela fé em seu Nome (v. 5-6). E mais, podemos contar com o exemplo de Cristo, enquanto homem, pois Ele mesmo se sujeitou a situação de humanidade, ainda sim não falhou em momento algum e permanece mais vivo do que nunca!
AOS LEITORES
Finalmente, um conceito importante é abordado sobre a quem se destina originalmente a epístola, a saber, todos os que estavam em Roma e chamados por Deus em amor (v. 6-7). Falo isso porque um dos erros comuns que já cometi foi de realizar aplicação direta de determinados trechos isolados na minha vida. Devemos lembrar que tratar as passagens de forma individual é prejudicial para o entendimento e induz a compreensão deturpada do texto, e mais ainda, quando esquecemos para quem se destinava originalmente, podemos interpretar e agir de forma equivocada.
Diante disso, podemos concluir que os que estavam em Roma não eram exclusivamente judeus, pois havia gentios, uma vez que aborda que estes foram chamados para santidade e não estavam separados, ainda que pudessem ser consagrados a Deus, assim como em outros trechos da epístola se percebe essa informação(Rm 11:13; Rm:15:16).
Vemos aqui de maneira especial e cativante um Deus que se manifestou a toda a criação, tanto para judeus como para gentios. Para aqueles que foram incialmente separados e revelada a declaração pessoal de Deus e para os que não conheciam a lei mosaica e tampouco a obedeciam. É um convite aberto para nos relacionamos com Ele! Não perca tempo, desfrute dessa benção hoje e eternamente.
Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas.” Hebreus 1:1-3
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Leonardo Gleygson
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