Uma área na qual Deus quer que todos nós cresçamos é a do contentamento. O contentamento verdadeiro é comumente aprendido quando estamos “na pior” (na perda, na privação e na necessidade financeira). Enquanto seus próprios sonhos de segurança financeira são abalados pelas circunstâncias, você tem a oportunidade de abandonar a confiança e a esperança nas coisas materiais e adotar a confiança e a esperança em Deus. Isso pode não parecer grande coisa agora, mas pense: se o seu contentamento se baseia no que você tem, pode ser facilmente perdido. Porém, o contentamento baseado no relacionamento com Deus está no terreno inabalável do amor infalível de Deus.
O apóstolo Paulo explica isso da seguinte maneira: “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.11-13).
Paulo está dizendo que o verdadeiro contentamento (ou a falta dele) não vem das circunstâncias; o verdadeiro contentamento vem “[daquele] que me fortalece”. Como ele confiava em Jesus, estava em paz em todo tipo de circunstância material. Ele sabia que, mesmo em tempos de problemas financeiros, não perderia nada que fosse essencial para sua vida. Sua identidade, esperança e bem-estar não vinham do que ele possuía ou dos alvos que alcançava; antes, ele repousava no relacionamento com seu Pai celeste, que o amou e deu seu Filho por ele. Antes que essa crise financeira atingisse você, talvez não tenha percebido em que proporção sua esperança, seu contentamento e sua sensação de bem-estar estavam associados ao seu poder aquisitivo, posses e saldo bancário. Assim, não fique desencorajado ao lutar com essas questões comuns. Em vez disso, faça estas quatro coisas:
- Pergunte a si mesmo se você realmente quer um contentamento centrado em Deus. Muitas vezes, queremos contentamento, mas apenas nos termos e nas circunstâncias ditados por nós. Voltar-se para Deus em tempos de perda e aprender a abandonar essas exigências é algo profundamente desafiador, mas é o primeiro passo rumo ao verdadeiro contentamento.
- Identifique o que você teme perder ou aquilo de que acredita precisar para sua felicidade. Em seguida, peça a Deus que o ajude a entregar essas coisas a ele e a confiar nele para suprir todas as suas necessidades em Cristo Jesus.
- Quando perceber que está insatisfeito, peça a Deus que o perdoe por amor a Jesus. Não fique desencorajado se precisar fazer isso a toda hora. Jesus prometeu o perdão e a graça para mudar aqueles que vêm a ele em arrependimento (1Jo 1.9).
- Cultive um senso de sua riqueza fenomenal no Pai de Jesus Cristo. Ele é seu Deus, seu refúgio, seu tesouro, sua verdadeira herança e sua porção para sempre. Medite sobre sua riqueza em Efésios 1.3-23 ou em muitos Salmos (por exemplo, Salmos 62; 63; 65; 73).
Quando nosso tesouro está no relacionamento com Cristo, então nós, como Paulo, podemos ser libertos de buscar vida nas coisas que possuímos e libertos para realmente viver em um mundo real caído e permanecer no Ramo Vivo, que dá frutos para a eternidade (Jo 15.5).
O contentamento piedoso tem uma influência poderosa em nossa capacidade de adaptação. Ele alimenta nossa habilidade de flexibilizar, com sucesso, nosso estilo de vida para baixo sem desespero, ou para cima, caso Deus nos conceda êxito econômico. O contentamento centrado em Deus nos guarda de nos tornarmos prisioneiros daquilo que temos ou do estilo de vida que apreciamos. Protege-nos do desgosto em relação àquilo que não temos ou ainda não alcançamos.
Por fim, guarda-nos de sermos trespassados pelas “muitas dores” que vêm com a busca de riquezas (1Tm 6.10).
Piedade com contentamento é verdadeiramente uma grande fonte de lucro (1Tm 6.6).
Autor: James Petty
Fonte: Voltemos ao Evangelho
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