Oi oi!

Eu tenho pensado sobre muitas coisas. Acho que o final do ano faz isso com a gente. A tendência é que fiquemos revendo passos, repensando nossas condutas e na maioria das vezes procurando estratégias para melhorar no próximo ano.

Uma das coisas que tem me inquietado é o fato de que existem pessoas com as quais eu convivo todos os dias ou que já conheço há alguns anos e que não manifestam nenhum interesse em mudar de vida e conhecer a vida que Jesus tem disponível pra elas. Eu sei que existe um tempo para todas as coisas. Eu sei que o Espírito Santo é que convence do pecado, da justiça e do juízo, mas se eles são parte da grande nuvem de testemunhas que observam meu comportamento, significa dizer que meu comportamento deveria inspirá-las a querer ter uma vida diferente.

Se quando observam a minha vida, elas não encontram nada de diferente em relação ao que elas vivem, ou ainda, se eu tenho vivido de uma maneira pior, por que razão elas iriam querer viver a vida que eu digo com meu discurso, mas que destoa do meu comportamento diário?

A verdade, meus irmãos, é que temos falhado e muito no viver cristão. Ser cristão, aliás, é moda agora. Não acho que seja empolgante gritarmos aos quatro ventos que somos a maioria no Brasil, se tudo que temos feito é depor contra o evangelho.

QUE DIFERENÇA TEMOS FEITO NESSE PAÍS?

QUANTO DE CRISTO TEM SIDO MANIFESTO?

Eu tive a oportunidade de conversar certa vez com uma senadora e, mesmo sendo evangélica, ela me disse que não queria ter qualquer vínculo com a bancada evangélica do Senado. Perguntei o porque e ela explicou que infelizmente o testemunho que eles dão há alguns anos por lá só depõe contra e ela, que entrou a pouco, não quer correr o risco de ser considerada igual. Ela me disse: eu prefiro fazer um excelente trabalho técnico, que poderia ser realizado por qualquer outro profissional, tendo ele religião ou não, e ganhar o direito de ser ouvida, do que me associar a eles e nem sequer ter a chance de fazer a diferença por aqui. Ser cristã é o que eu sou e isso pauta todas as minhas ações. Não há como separar uma coisa da outra, mas isso será manifesto para os de fora como um adicional, e não como o motivo pelo qual eles deveriam me ouvir.

Isso acontece também em todos os ambientes que estamos. As pessoas não falam isso abertamente, mas esperam atitudes diferentes de todos nós. É verdade que tem muito não cristão querendo ensinar o crente a ser crente, mas existe uma ardente expectativa que nem sempre leva esse nome, mas sempre aponta para “ueh, mas ele não disse que era crente?”

Sem contar quando afastamos amigos, parentes, colegas de trabalho porque estamos mergulhados em atividades sem fim que contam mais pontos no quesito aprovação das pessoas, do que em relação a aprovação do Senhor. Ele espera que sejamos a manifestação da presença dEle em todos os lugares. No trabalho, na faculdade, no almoço da família, no cinema com os amigos, etc.

E sabe, não adianta a gente apenas apontar o dedo para os que estão fazendo isso errado publicamente, porque para a sociedade em geral, somos todos crentes. Não importa a placa a que estamos associados. Fora que o fato de não termos canais de tv ou mega igrejas não nos faz menos evidentes, falíveis e observáveis que eles. Responderemos na medida do alcance que temos hoje.

Nós precisamos voltar ao evangelho genuíno e não sair presumindo por aí que todo mundo sabe. Não, eles não sabem! Não, a história de Cristo não é parte do senso comum. Existe uma verdade a ser revelada, na verdade a única e nós, detentores dessa revelação, temos distorcido e amoldado ao nosso bel-prazer.

Quanto aos que tem publicamente distorcido a Palavra, cabe a nós confrontar diretamente e não com indiretas em redes sociais. Cabe a nós orarmos por arrependimento verdadeiro, mas que esse arrependimento comece por nós mesmos. Nossa trave só nos permite ver parte do todo, mas porque nessa parte vemos o cisco, nos armamos e apontamos o dedo.

Eu preciso me arrepender! Eu preciso pedir perdão para tantas pessoas!

Eu sei que Deus não depende de mim pra nada. Eu sei que Ele pode usar outras pessoas para ministrar corretamente aqueles com os quais eu falhei, mas se eu digo que quero ser participante da sua obra, e verdadeiramente eu quero, não posso me dar ao luxo de manchar Seu Nome com a minha conduta.

Eu não acordei exagerada hoje. Eu acordei com um temor genuíno em meu coração. Horas depois, soube de um falecimento no terminal de ônibus pelo qual eu passo todos os dias. Foi uma morte natural. Nada externo lhe aconteceu, mas a urgência e a brevidade da vida reforçaram o que o Senhor já vinha me falando desde ontem.

Que Ele seja visto em nós! Em todo tempo e em todo lugar.

Deus abençoe vocês!

Até terça

😉

 

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