Salmo 1. 1-3 : “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.”

lendo_bibliaMeu desafio esta semana foi escrever sobre vida devocional. Digo “desafio” porque acredito que a vida devocional é um aspecto muito íntimo da vida do cristão, refletindo seu verdadeiro relacionamento com Jesus. Decretar aqui regras e limites para uma “boa vida devocional” seriam esforços que, apesar de bem intencionados, provavelmente não seriam muito eficientes. Cada pessoa tem um rítmo, uma maneira de administrar seu tempo, uma maneira única de se relacionar com Deus.

Existem, porém, inúmeros exemplos bíblicos que servem como ponto de partida quando atentamos para nossa vida devocional. No primeiro salmo de Davi, o “homem segundo o coração de Deus” (que também era rei, poeta,compositor, guerreiro e pastor de ovelhas) nos dá um conselho que não tem preço. Em suas composições, Davi dividiu conosco algo muito precioso e íntimo: seu relacionamento com Deus.

Gostaria de dar uma atenção especial ao segundo versículo deste Salmo: o homem bem aventurado que Davi descreve tem PRAZER na lei do Senhor, e nela medita de dia e de noite. Sentir prazer na lei de Deus é uma bem aventurança. É algo que ocorre em oposição ao prazer nas coisas da carne, no conselho do ímpio, no caminho dos pecadores.(vers.1). Nosso tempo com Deus – de dia, de noite, ou seja, sempre – não é uma obrigação. Não é uma regra a ser cumprida. E provavelmente não vai resultar em uma chuva de raios sobre a sua cabeça (nunca se sabe…). São, na verdade, os momentos prazerosos, que nos trazem paz e refrigério durante nossos dias. São o combustível que nos ajudam a enfrentar nosso tempo nesse mundo tenebroso.

O resultado destes momentos de meditação na Palavra e conversa sincera com Deus são simplesmente muito mais do que podemos imaginar. Nos tornamos como arvores cuidadosamente plantadas junto à fonte de água.(vers 3). Para aqueles que perderam as aulas de biologia, isso significa que estamos no melhor lugar onde poderíamos estar, onde recebemos o melhor para a sobrevivência. Damos frutos no tempo certo, nossas folhas não caem e prosperamos.

Como cristã aprendi que negligenciar (ou sufocar) nossa vida devocional é algo que pode facilmente acontecer quando permitimos que nossa vida se volte para nós mesmos ao invés de estar voltada para Cristo. As desculpas são inúmeras: não temos tempo, estamos cansados, amanhã  faremos isso porque “hoje não dá”. Nesse caso, me dou a liberdade de parafrasear o Salmista e dizer – por experiência – que nos tornamos como árvore plantada no deserto, longe das águas, com o tempo nossas folhas ressecam e caem, não damos frutos e secamos.

Abduzido do Blog Celva

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