Fala galera, tudo bem? Como cristãos não estamos isentos das batalhas contra as inclinações da carne que dizem respeito aos desejos pecaminosos decorrentes da natureza humana, uma vez pecadores podemos cair na tentação de desejar realizar o nosso próprio querer. Sabemos que o homem possui sonhos, vontades e que a carne milita contra o espírito e vice-versa porque são opostos (Gl 5:17), entretanto, o que seu coração revela sobre você?

Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a impureza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem” Mc 7:21-23

            Conforme trecho bíblico em destaque, o coração pode ser compreendido como centro dos desejos (Mc 7:21). É interessante analisar o contexto empregado a esta afirmativa, a saber, Jesus discorre sobre conservação de tradições judaicas em contraste ao legalismo e moralismo, haja vista questionamentos realizados pelos fariseus e escribas que alegaram a conduta dos discípulos ao fazer suas refeições sem higienizar as mãos (Mc 7:5). Não obstante, o que mais surpreendente é a resposta de Cristo que aponta para hipocrisia frente à aceitação dos mandamentos humanos e rejeição da palavra de Deus que implica em honra apenas com os lábios {leia-se aparência}, enquanto o coração se distanciava da Verdade (Mc 7:6-7; Mc 7:8a; Mc 7:13a).

            Em outras palavras, o coração não é bobinho nem se trata necessariamente de sentimentalismos, antes, revela inclinações naturais do interior que aponta para o fato de que todos são pecadores (Rm 3:23) e tem inclinações pecaminosas, desde o nascimento (Sl 51:5), porque caímos no início de tudo (Gn:3) e andávamos errantes e escravizados pela carne (Ef 2:3). Todavia, será que temos reconhecido certas fraquezas? Talvez, o problema resida na tentativa de se esconder ou criar máscaras, tanto para o próximo, como para Deus!

De fato, o homem é atraído, seduzido e tentado pelos desejos à luz do próprio pecado que gera a morte (Tg 1:14-15), sendo que, na maioria das vezes, não  escolhe lutas e tentações, embora, compete ao sujeito todas as responsabilidades a partir do que se faz com elas. Nesse contexto, as experiência e desejos devem se curvar perante as escrituras, pois ela é autoridade (Rm 1:16)  e através delas podemos conhecer a Cristo e ser salvos por meio da fé e graça, as quais não vêm de nós mesmos (Ef 2:8).

O apostolo Paulo tinha convicção disso, pois quando desprezamos o conhecimento de Deus somos entregues as paixões carnais através de uma disposição mental reprovável que repercute na prática de coisas inconvenientes (Rm 1:28). Assim, devemos nos apropriar da sabedoria e conhecimento de Deus para lidar com os desejos do coração, a fim de com fé viver pela Palavra, além de reconhecer fraquezas e limitações que conduzam à dependência em Deus, recebimento de perdão e salvação pelo sacrifício de Cristo, sendo transformados pela renovação da mente para viver a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12:2).

           Portanto: “Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne (Gl 5:16). vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade (Ef 4:22-24).”

Que Deus lhe abençoe,

Abraços,

Leonardo Gleygson 🙂