Tive a ideia de escrever este post enquanto leio João 15.
Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim.
Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.
Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados.
João 15.4-6
Eu costumo dizer que, se você quiser entender a natureza pecaminosa do homem, é só observar atentamente uma criança. Como ela não tem noção da vida que leva, ela age meio que “por instinto”. E o nosso instinto é… pecado.
Estava lendo um livro* em que o autor conta uma experiência na qual conduz o seu filho de menos de 1 ano pelas tomadas da casa ensinando-o que não devia mexer nelas. Pouco convencido de que o bebê tinha entendido alguma coisa, ele encerrou a tarefa. Algum tempo depois, notou que o filho olhava para uma das tomadas e depois para ele, repetidamente, e, quando ele se mostrou distraído, o menino foi com o dedo em direção à tomada. Traduzindo: ele entendeu que aquilo era proibido, e sua natureza o induziu a fazê-lo. Se não fosse proibido, talvez ele nunca teria nem notado aquela tomada ali.
O que eu quero dizer com isso tudo é que nós somos totalmente atingidos pela nossa natureza rebelde. Isso significa dizer que nossas próprias ações (provenientes da natureza pecaminosa) não nos levam a lugar algum, pois não têm poder em si mesmas para fazer isso. Não são obras justas, são obras más.
a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem pode fazê-lo.
Romanos 8:7
Somos totalmente dependentes de Cristo para que Deus olhe pra nós e se agrade de nosso procedimento; afinal, para Ele, a justiça que provém do homem natural é equivalente a trapos de imundícia, porque é desprovida de arrependimento e obediência de coração.
Eu já passei por isso (e você provavelmente também) de dizer “Poxa, eu pequei de novo. Mas a partir de hoje eu nunca mais vou cair nesse pecado.” Não dura uma semana. Sabe por quê? Porque você está tentando pelas suas próprias forças. Quando você aprender que a sua vitória sobre o pecado não depende de você, mas de uma total rendição a Deus, aí sim você vai ser vitorioso. O ramo só produz fruto se estiver na videira.
Da mesma forma, sabe quando você cai naquele pecado (pense na sua maior fraqueza aqui) e pensa “Ai, meu Deus, eu não sou um salvo. Olha só o que eu fiz! Como posso ser salvo?” Querido, quem foi que disse que a sua imundícia é maior do que a pureza do sangue de Cristo? Se você pensa assim, você precisa pedir perdão a Deus e se arrepender, porque, se você acha que o seu pecado tira a sua salvação, é porque você acha que suas obras sem pecado é o que te levarão a ela.**
Miserável homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?
Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor[…] Romanos 7.24-25aAprenda a confiar em Cristo. É ter os olhos nele que farão com que você ande pelos caminhos retos. Se o nosso problema mais interno é o pecado, a única solução é o Evangelho de Jesus Cristo. Permaneça na videira, no entendimento de que o seu sustento, como ramo, provém dela, e não de si mesmo. Lembre-se de que Cristo é a videira verdadeira e o Pai é o agricultor (João 15.1). Um agricultor busca por frutos. Um ramo que não está conectado à videira é inútil para ele, assim como aquele que, conectado à videira, não dá os frutos que o agricultor deseja.
Que Deus o abençoe ricamente com sua graça e com sua paz.
*Instrumentos nas Mãos do Redentor – Paul David Tripp
**ATENÇÃO: Estou dizendo que não devemos CONFIAR nas nossas obras para obter salvação, e não que devamos viver de qualquer jeito, já que não depende de nós. O cristão genuíno se preocupa em glorificar a Deus em tudo (1 Co 10.31).
SIGA-NOS!